Os projetos que tramitam na Câmara visando a liberação do Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) são muitos, e tem motivos diferentes. O governo, no entanto, alerta que a liberação do dinheiro seguidamente, ameaça a sobrevivência do fundo .
Atualmente, são mais de 30 projetos querendo permitir o saque do montante. Isso faz com que os técnicos do Ministério da Economia tenham dificuldades em medir o impacto de cada um.
Segundo o Estadão, uma das propostas, que reduz de três para um ano o tempo mínimo sem contribuir ao FGTS para poder resgatar o saldo nas contas, teria impacto de R$ 17,22 bilhões no primeiro ano de vigência e R$ 7 bilhões ao ano nos períodos seguintes, segundo cálculos da Caixa, agente operador do fundo.
“Isso tem assustado. Têm chegado pedidos de análise dos projetos, e são muitos. Eles precisam ser analisados em bloco. As medidas precisam ser bem calibradas. Qual dessas é mais meritória do que a outra? É difícil dizer. Todo mundo que propõe acha a sua mais meritória, mas não cabem todas”, afirmou ao Estadão/Broadcast o diretor do Departamento do FGTS no Ministério da Economia, Gustavo Tillmann.
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Segundo ele, o fundo tem R$ 459,9 bilhões hoje, mas o dinheiro não está “parado”, como muitos pensam. Desse valor, R$ 400,8 bilhões estão girando na economia, financiando projetos em habitação, saneamento, infraestrutura urbana e saúde. Projetos que podem parar caso o fundo perca os recursos de uma hora para outra.
“Isso não é uma conta em que o recurso está livre, depositado num banco. Não. O recurso está aplicado para gerar rendimento e pagar essas contas”, completou.
Uma maneira de garantir parte do saldo, é aderir ao saque-aniversário do FGTS. Até o momento, os trabalhadores que optaram por esse modelo, já sacaram R$ 8 bilhões. Veja aqui como aderir.