Economia

Planos de saúde coletivos sobem 16% mesmo com lucros maiores na pandemia

Planos de saúde coletivos sobem 16% mesmo com lucros maiores na pandemia


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Os  planos de saúde coletivos virão com reajuste médio de 16% a mais  a partir de julho . Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o lucro líquido dos planos de saúde cresceu 49,5% em 2020, com uma receita de R$ 217 bilhões. Mesmo assim, o adicional cobrado aos clientes foi duas vezes maior que a inflação (8,06% no período). 

A maioria das operadoras alega que o caixa é ” ilusório “. Isso porque a maioria dos segurados acumulou cirurgias eletivas, e após a pandemia essas demandas encarecerão o atendimento. 

O aumento fez com que operadoras como a Qualicorp, que tem mais de 100 parceiros, já buscar novos escritórios de advocacia para possíveis solicitações na Justiça para abatimento do valor. 

Em nota enviada à Folha de São Paulo, a Qualicorp diz que o reajuste anual é definido pela operadora de planos de saúde. “Na função de administradora de benefícios, a empresa busca negociar a aplicação do menor índice de reajuste possível”, diz.

E acrescenta. “Além disso, oferece diversas alternativas de planos de saúde em mais de cem operadoras para que seus clientes possam manter o acesso à assistência médica privada de qualidade.”

Enquanto isso, a ANS ainda não divulgou o reajuste dos planos individuais. Ester representam cerca de 20% do total de usuários, e está no meio de uma polêmica entre as operadoras e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. 

Ele quer manter os preços congelados, para isso chegou a marcar um almoço com empresários do setor. A expectativa é que os planos tenham um aumento de até 20% aind ano mês que vem.