Exaustivo, com muita satisfação. O Chef executivo do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) no Japão, o mariliense Allan Credendio Sales, definiu assim o trabalho de organização dos serviços de alimentação do Time Brasil, que chega ao Japão a partir de quinta-feira para disputa dos Jogos Olímpicos 2021.
Allan Salles está no Japão desde 2018 e há um longo período em preparação para a disputa que deveria ter sido realizada em 2020mas acabou adiada em função da epidemia de Covid-19.
“Agradecendo por fazer parte disso tudo, é cansativo? Sim, muito! Exaustivo? Mais ainda…mas a satisfação de servir nossos atletas e toda a equipe do @timebrasil que me orgulho tanto de fazer parte, pessoas maravilhosas, profissionais, comprometidas e unidas pelo mesmo motivo, certamente com um time desse vamos entregar com excelência”, postou o chef em redes sociais.
Allan ganhou a mídia nos últimos dias para falar do trabalho e em entrevista à Rádio Bandeirantes explicou que será responsável por diferentes bases de atendimento às equipes das diferentes modalidades.
Ele será responsável por nove bases de atendimento ao time. Vai orientar funcionamento e depois devolução das diferentes áreas usadas para o serviço.
O trabalho envolve em torno de 80 pessoas para servir 35 mil refeições, entre café da manhã, almoço, jantar e café da tarde. Inclui situações especiais como atendimento a atletas veganos ou vegetarianos ou que não consome alguns tipos específicos de carnes ou outros produtos.
O planejamento resultou em cardápio que vai desde sabores bem brasileiros – como arroz, feijão e bife acebolado – a massas e pratos muito consumidos em outros países e dietas específicas conforme as modalidades. E claro, menu japonês, inclusive atendendo equipes com pedidos especiais, como o Judô.
“Os cozinheiros são bem treinados. A equipe na maioria é brasileira, já tem tempero, esse know-how. Algumas outras tiveram que receber treinamento, como utilização em tipos de carnes, como usa cada parte, foram vários workshops, treinamentos”, explicou.
Allan Sales destacou ainda que a comida tem um impacto muito emocional, toca as pessoas e vê o trabalho também como uma forma de carinho e incentivo para os atletas brasileiros na disputa.
“O que mais mexecomigo é que acomida é algo que toca a qualquer pessoas.Estar do outro lado do mundo, com atletas que não vêem comida brasileira há muito tempo. Não é preciso nem falar, você vêcomo eles estão recebendo aquilo, é um abraço, ver a alegria que muitos falam que faz totalmente a diferença.”