A Pesquisa Científica sobre a função do Peróxido de Hidrogênio nas plantas, realizada pelo docente do curso de Engenharia Agronômica e Mestrado Profissional em Medicina Veterinária da Universidade de Marília (Unimar), Lucas Gaion, e a acadêmica Aline Dell Passo Reis, conquistou a bolsa de estudos para Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e uma das mais importantes e concorridas bolsas de fomento à pesquisa.
De acordo com o docente, a pesquisa foi baseada na compreensão de como as plantas economizam água para sobreviver, entendendo qual a molécula que leva a comunicação, dando origem ao estudo “As Plantas são seres sésseis, ou seja, elas não podem se mover de um lugar para o outro, então elas precisam lidar com todos os estresses ambientais e um dos principais é a falta de água.
A pesquisa foi baseada na compreensão de como as plantas economizam água para sobreviver.
Para lidar com a seca, desenvolveram mecanismos de adaptação e aclimatação, em que ocorre uma comunicação entre a raiz e a parte aérea, sinalizando a necessidade de poupar água. Isso porque, não adianta comunicar tardiamente quando já estiver murcha, a planta precisa começar precocemente esta comunicação”, explica o docente.
Segundo a acadêmica, a conquista da bolsa se deu após longo período de pesquisa, que aconteceu mesmo em meio a pandemia. “Começamos em agosto de 2019 e em janeiro de 2020 deu-se o início da vigência da Iniciação Científica e instalação do experimento com peróxido de hidrogênio. A vigência do projeto durou 17 meses, tendo prorrogação para a realização de novos experimentos. Durante as pesquisas, descobrimos que o peróxido é uma das moléculas que participa da sinalização para a parte aérea e, assim, fecham-se os estômatos, que é a estrutura por onde as plantas perdem água”, complementa.
A Pesquisa Científica “Está o peróxido de hidrogênio envolvido na sinalização à longa distância responsável por ativar os mecanismos de aclimatação ao déficit hídrico?” segue em estudo, mas agora com o apoio da Fapesp. “Eu me sinto muito grato por estar na Unimar, que prioriza a pesquisa, ensino e extensão, provando que quando bem feito, podemos conquistar ideais até então desacreditados. Estou muito feliz e muito satisfeito”, destaca Lucas.
Após meses de pesquisa, o docente descobriu que as plantas enviam o peróxido de hidrogênio para a parte aérea, informando a necessidade de economizar energia.
Para Aline, é uma alegria participar do projeto. “Eu me sinto uma pessoa importante e honrada, que está colaborando com a ciência através de pesquisas científicas. Sou muito grata, também, pelo meu orientador que acreditou e confiou em mim desde o início das pesquisas, além da Unimar com seu campo de pesquisa. A conquista dessa bolsa de Iniciação Científica foi um marco muito importante e um grande passo para mim, uma vez que possibilitou meu desenvolvimento profissional e aprendizagem”, finaliza.