O advogado Vinicius Vieira Dias da Cruz conseguiu um habeas corpus para suspender decisão judicial de Marília que proibia sua participação em licitações e contratos com órgãos públicos em todo o país. Ele é um dos acusados de fraude em licitação e superfaturamento para compra de tablets para a Saúde de Marília em 2016.
Uma medida cautelar da 3ª Vara Federal proibiu o advogado de “obtenção de verbas públicas, estendendo-se a impedimento de licitar, contratar ou receber recursos da administração pública municipal, estadual ou federal, sob pena de decretação de prisão preventiva”.
O pedido ao Tribunal Regional Federal de São Paulo argumenta que a medida é demasiadamente ampla e o impede de exercer suas atividades e diz que o caso trata de licitação de2016,sem novas acusações que justifiquem a extensão da proibição.
A decisão da 5ª turma do TRF determina que a proibição seja restrita a contratos em Marília. Mas o advogado fica proibido de atuar como agente público, seja na condição de licitante, procurador e outras, em qualquer licitação pública no país.
Após dois anos de tramitação e cinco anos da compra considerada irregular, o processo ainda aguarda em primeira instância a manifestação de três acusados que foram considerados indefesos por falta de manifestações sobre a denúncia.
Envolve a compra de 450 tablets com custo unitário de R$ 2.405, totalizando R$ 1.082.250. Usou verba do Ministério da Saúde para uso dos equipamentos por agentes de combate à dengue nas ruas.
Um processo para compra de equipamentos semelhantes para a Educação registrou tablets a R$ 679,33 – 71,10% mais baratos.