A concessão dos 22 aeroportos estaduais – que inclui o de Marília – volta a andar a partir de segunda-feira, quase dois meses após a apresentação das propostas dos consórcios vencedores, para início de análise dos documentos de habilitação jurídicas das empresas.
São os documentos que comprovam capacidade técnica, de profissionais e estrutura de gestão das empresas para assumir os contratos. Até agora o processo consumiu aproximadamente 60 dias nas análises e discussões sobre as propostas de valor e garantias dos contratos.
A análise foi atrasada por discussão sobre documentos de garantia do Consórcio VOA NW e VOA SE, que arrematou o lote sudeste, que tem Ribeirão preto como polo central e envolve o aeroporto de Marília.
O Consórcio Aeroportos Paulistas teve a melhor proposta para o lote nordeste, que inclui São José do Rio Preto e Presidente Prudente.
Uma sessão pública vai promover a abertura dos envelopes com os documentos às 14h. Informações de bastidores divulgadas pelas empresas já indicam a previsão de que o contrato só deve ser efetivado mesmo no próximo ano.
A burocracia no processo indica que a oficialização e o início dos investimentos pode ficar para 2022. Feliz ano novo, o de campanha eleitoral.
Em meio à retomada das atividades econômicas, a demora no processo implica em atraso para investimentos, lançamento de novos serviços e adiamento de compromissos como a instalação do novo terminal de Marília, projeto mais esperado na cidade.
E o andamento ainda não elimina polêmicas técnicas. O projeto da concessão criou em Marília a previsão de implantação de uma nova pista, digna de grandes aeroportos internacionais, mas que é discutida tanto sob aspecto de uso prático quanto de implicações técnicas da obra, que seria executada ao lado de um vale e área de preservação.