A falta de laudo de vistoria dos Bombeiros para atividades no Edifício Marília, um dos mais tradicionais de Marília, na esquina da avenida Sampaio Vidal com a rua 9 de Julho, virou caso de Justiça e a prefeitura estabeleceu prazo para regularização.
A disputa é provocada por iniciativa de um dos proprietários de unidades no prédio, Murilo Álvares Gigliotti, que alega prejuízos com impossibilidade de abrir empresa no local.
A discussão engrossa polêmica que envolve outros prédios tradicionais da cidade, como o Ouro Verde e o Modena, e até grandes prédios públicos, como o Camelódromo, o Estádio Bento de Abreu e até a sede da Prefeitura,
Segundo a ação protocolada na 3ª Vara Cível da cidade, ele diz que não consegue alvará de funcionamento para sua empresa por falta do laudo no prédio. Disse ainda que tentou alugar a sala e o problema se repetiu para locadores.
Gigliotti pediu uma liminar para obrigar o Edifício a regularizar a situação, mas o pedido foi negado.
Segundo o juiz Luiz Cesar Bertoncini, documentos mostram que a prefeitura, responsável pela fiscalização, deu prazo de 60 dias, prorrogáveis, para adequação do edifício.
O juiz abriu ainda prazo de 15 dias para que o edifício apresente sua manifestação sobre o caso.
O edifício encaminhou a Gigliotti uma manifestação em que anuncia tomada de providências, mas relata situações mais complicadas, como a necessidade de intervenções nas escadas e na porta de acesso ao prédio.
A construção antiga apresenta padrões de degraus fora das especificações atuais. Segundo o documento do edifício, o caso está em discussão com os bombeiros para modelo de adaptação.
O edifício oferece modelo misto de ocupação, com unidades comerciais e residenciais, na esquina da Sampaio Vidal com a rua 9 de Julho. Além da tradição e movimentação nas empresas com sede no local, ficou conhecido nos anos 60 pelo funcionamento do restaurante Marília, no último andar.