A campanha salarial para os empregados no comércio enfrenta um forte impasse na negociação e o Sindicato dos empregados anunciou fechamento de 18 acordos coletivos fechados de forma isoladas com empresas na cidade.
O embate foi provocado pela rejeição da primeira proposta da categoria e depois por falta de acordo sobre a contraproposta apresentada pelo Sindicato do Comércio.
As reivindicações iniciais incluíam a previsão de pagamento de vales para gás, alimentação e custeio de plano de Saúde. Os empregados pediam ainda reposição de 10,42% – INPC acumulado – mais 3% de aumento real.
O Sindicato do Comércio rejeitou a proposta e o índice de reajuste. Propõe ainda parcelamento da reposição.
Em meio ao impasse, que se arrasta por um mês. O Sindicato dos comerciários iniciou negociações isoladas com empresas e divulgou neste sábado que foram fechados 18 acordos com reposição do INPC – mesmo sem o aumento real, um reajuste de 10,4% nos salários -.
“Desta forma, as empresas não criam passivos econômicos, dividas futuras e os comerciários garantem a reposição da inflação no próximo mês, inclusive recebem a diferença salarial de setembro”, disse Mário Herrera presidente da entidade.
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Herrera afirmou ainda que que os acordos isolados foram adotados porque a negociação com o Sindicato das empresas não avançam.
O presidente do Sincomercio Marília, Pedro Pavão, disse que nenhuma regional de médio e grande porte fechou a convenção e não vê motivo para a pressa nem para os acordos isolados.
“Bauru não fechou, Sorocaba não fechou, Rio Preto não fechou. Estamos negociando. Mas não aceitamos a proposta que ele faz. É impossível pelo momento econômico atender o que ele quer”, disse.
Pavão afirmou que na próxima semana deve haver nova rodada de negociação entre departamentos jurídicos dos dois sindicatos e disse que o momento exige “prudência e paciência”,
Afirmou ainda que o acordo isolado é uma opção das empresas mas considera um erro.
“Acho que a empresa que estiver fazendo isso está redondamente enganada. Corre riscos, vai assumir um custo alto em momento de incerteza e em meio a uma negociação que busca uma condição econômica e administrativa melhor; Querer fazer diferente do que buscamos para todo o setor não é o melhor cenário. Nós estamos procurando atender interesse das empresas e dos empregos.”
