O SBT não aceitou o acordo de conciliação na Justiça no processo contra Rachel Sheherazade. A jornalista pede indenização de R$ 20 milhões da emissora.
Segundo o portal ‘Notícias da TV’, o juiz Ronaldo Luís de Oliveira tentou a conciliação entre emissora e jornalista, mas o SBT contestou acusações de Rachel e rejeitou a tentativa.
A jornalista, demitida em 2020 do SBT, iniciou o processo na Justiça no valor de R$ 20 milhões contra a emissora. Ela, que foi âncora do principal jornal da casa por quase 10 anos, acusa o canal e o dono, Silvio Santos, de assédio, censura e fraude.
No processo que a Folha de S.Paulo teve acesso, a defesa da jornalista alega que a contratação como PJ (pessoa jurídica), visava fraudar a legislação trabalhista, fiscal e previdenciária. A prática, segundo Rachel, visava afastar o registro na carteira de trabalho e pagamento de direitos decorrentes do registro.
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A ação corre no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), na 3ª Vara do Trabalho de Osasco, na Grande SP. No final do contrato, em 2020, Sheherazade faturava mais de R$ 200 mil por mês.
O processo também inclui a indenização por assédio e danos morais. A defesa da ex-apresentadora acusa o SBT de diminuir a participação nos jornais e reduzir a quantidade de matérias onde apareceria, apontando ser prática de censura. Uma troca de e-mails de um diretor da emissora anexada no processo diz que os textos de Sheherazade em redes sociais envergonham a ele e a colegas.
Para ela, uma das atitudes de assédio mais graves foi durante a entrega do ‘Troféu Imprensa 2017’, em que a apresentadora teria sido tratada de modo “depreciativo, preconceituoso, vexatório, humilhante e constrangedor” por Silvio Santos.
Na ocasião, Sheherazade disse que foi contratada para dar opiniões, Silvio rebateu, dizendo que a contratou para “continuar com sua beleza”.