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Jurado do Canta Comigo e produtor de grandes musicais, Thiago Gimenes fala ao iG

Jurado do Canta Comigo e produtor de grandes musicais, Thiago Gimenes fala ao iG


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A velha máxima de que “em time que está ganhando não se mexe” é algo que se aplica ao também cantor e compositor  Thiago Gimenes, um dos cem nomes do júri do reality “Canta Comigo”, de Rodrigo Faro, na RecordTV.  Ele está na bancada desde a estreia do projeto no dominical “Hora do Faro” e já deu as caras tanto na versão dos candidatos adultos como na dos teens.  

Mas engana-se quem pensa que as novidades param por aí! Gimenes, aliás, está à frente da direção musical de “Barnum — O Rei do Show”, espetáculo da Broadway dirigido por Gustavo Barchilon, que é protagonizado por Murilo Rosa e está em cartaz em São Paulo, além de ser o autor das canções do “Conserto para Dois”, estrelado por Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello.

Soma-se a isso o trabalho na  Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, no interior de São Paulo, o qual classificou como o maior presente que recebeu profissionalmente. “Lá me sinto completo e realizando numa plenitude o que sonho com a minha arte”, manifestou-se durante conversa exclusiva com o site. Confira os melhores momentos da entrevista!




1. Você está atualmente no júri do “Canta Comigo Teen”. Como classifica essa experiência na sua vida?

Até o “Canta Comigo” chegar, eu sempre estive por trás das câmeras, assinando direção musical, compondo, produzindo trilhas. Estar na bancada com artistas que respeito e admiro tanto é algo muito positivo. A primeira novidade para mim foi uma grande válvula de escape da pandemia, então todos nós estarmos lá, empenhando nossas funções em uma época em que tudo estava parado, foi como poder voltar a respirar arte, além de enriquecedor. É muito bacana ver como o programa impacta e leva sorriso e alegria para a casa das pessoas.

2. O que um cantor precisa ter para conquistar o seu “sim” no “Canta Comigo”?

Como jurado, exijo uma técnica apurada no canto, mas, se existe verdade na interpretação e na emoção do candidato, eu levanto e o acompanho na canção. É isso que busco nele. Erros são completamente perdoáveis quando o participante tem a capacidade de te emocionar e se conectar com você.

3. Quais são as diferenças entre julgar o adulto e o adolescente?

Sendo muito sincero, musicalmente, quase nenhuma! A nova geração está vindo com uma qualidade absurda, e assisti a performances poderosas e maduras nas duas versões do reality. Como jurado, é óbvio que existe a preocupação de ser um pouco mais didático nos meus comentários e nas dicas na versão teen. Mas sou mais criterioso quanto à performance dos mais velhos, justamente por terem mais tempo de vida para praticar isso. 

4. Seu desejo sempre foi fazer da música sua carreira? Em que momento pensou que essa seria sua profissão?

Meu caminho foi árduo como em qualquer outro ofício, mas, ao mesmo tempo, muito natural. Eu já estudava desde criança, e na adolescência tinha a banda da igreja de que eu participava, dando aulas e regendo corais! Comecei como assistente da minha tia e fui seguindo! Fiz um curso técnico de publicidade no segundo grau, mas, no fim dele, já estava trabalhando com composição e criação de jingles (risos). Essa área me escolheu bem cedo, e eu nunca corri dela! 

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5. De onde vem a inspiração para compor? Como se dá o processo criativo?

Depende muito do tipo de composição. Quando é para algum musical, leio muitas vezes o texto e tento me conectar ao máximo com a gênese do personagem. Já nas canções chamadas de radiofônicas, eu encontro incentivo em tudo: em histórias e vivências minhas, ou de outras pessoas, em um filme, uma cena, outra música… Geralmente não tem uma regra, às vezes, a letra vem primeiro, outras, a melodia ou as duas coisas ao mesmo tempo! Também componho por encomenda e, no caso, sei o tema e o estilo e produzo de acordo com o que me foi pedido, mas tentando sempre trazer a minha identidade.

6. Quem ou o que te inspira?

Pessoas, histórias, lugares, lembranças… às vezes, um pensamento me traz uma frase, e uma música surge a partir daí. Sou muito conectado à natureza e busco um espaço onde possa ficar em silêncio e deixar as ideias fluírem. Nem sempre é possível, mas essa, sem dúvida nenhuma, é a minha preferência.

7. A arte salva?

Sou uma prova viva disso! Ela me salvou, me transformou, mudou a minha vida, e eu vejo isso todos os dias nos meus amigos de profissão, alunos e público! Ela nos tem salvado neste tempo de pandemia. Não consigo imaginar um mundo sem a arte. 


8. Das composições que você já teve gravadas por grandes nomes da nossa música, qual é mais especial para você?

“Seria Tão Fácil”, na voz do cantor Brian Mcknight, que é meu maior ídolo, foi trilha da novela “I Love Paraisópolis”. O Brian foi meu parceiro de composição e fez a versão em inglês. Em sua vinda ao Brasil, ainda compomos mais duas juntos. Além de ter sido gravada por minha parceira de vida a cantora Tania Mara, essa canção tem tanta simbologia e sentimentos. Também esteve no primeiro grande musical de que assinei a direção-geral, “A Princesinha”, da Fundação Lia Maria Aguiar. 

9. Você está trabalhando o “Barnum – O Rei do Show”, espetáculo da Broadway em cartaz em São Paulo e protagonizado por Murilo Rosa. O ator, inclusive, teve aulas de canto com você para se preparar para o personagem. Pode nos contar mais sobre esse trabalho?

A história de P.T. Barnum ganhou notoriedade mundial por meio do filme “O Rei do Show”, mas já havia sido um grande sucesso nos anos 80, com canções do gênio Cy Coleman. Fiquei feliz quando fui convidado pelo diretor Gustavo Barchilon para assinar a direção musical da versão brasileira! A produção, por ter adquirido o direito de texto e melodia, e não de franquia, deu liberdade de criação a toda equipe, obedecendo à obra, mas podendo criar também, o que faz com que o público receba um espetáculo da Broadway, mas com uma brasilidade e uma identidade muito nossa!

10. Como os animais serão inseridos no espetáculo?

De maneira lúdica, é claro, com toda magia que o teatro sabe proporcionar e encantar. Será de encher os olhos, e vamos surpreender o público. O time criativo é genial: assino a direção musical, a artística é do Gustavo Barchilon, que tem um olhar sensível e brilhante, as coreografias são de Alonso Barros, hoje um dos maiores coreógrafos do mundo, e os figurinos, do mestre Fábio Namatame. Equipe dos sonhos!


Fonte: IG GENTE