Em duas decisões que encaminham casos de repercussão em Marília, a Justiça Criminal aceitou as denúncias do Ministério Público contra o empresário Francis Vinicius Bez Angonese – acusado de tentar matar dois policiais militares – e contra Wellington Fernando da Rocha, acusado de matar a esposa em casa onde estava a filha de quatro anos.
As denúncias abrem formalmente o processo judicial para levar à primeira decisão que vai definir se os dois serão levado ao Tribunal do Júri Popular na cidade.
Nos dois casos, a Justiça entendeu que a denúncia e as informações iniciais apontam indícios suficientes dos crimes para dar andamento aos processos.
As decisões abrem prazos de dez dias para que os defensores dos acusados apresentem a primeira manifestação de defesa, relação de testemunhas e eventuais pedidos adicionais de produção de provas.
No caso do atirador, já está definida a realização de uma avaliação médica de sanidade mental. A defesa argumenta que o empresário trocou tiros com policiais durante um “surto psicótico extemporâneo”.
Já o processo de feminicídio tramita em sigilo de Justiça e ainda não há informações sobre a defesa ou detalhes da acusação.
OS CASOS
Os dois crimes provocaram grande repercussão na cidade. Relembre detalhes das duas ocorrências
– Atirador
na madrugada de 30 de setembro, o empresário foi denunciado por vizinhos após fazer disparos de arma no quintal de sua casa. Atirador desportivo colecionador, ele tinha duas pistolas e uma carabina.
Após a chegada dos policiais e ordem para se entregar, o empresário teria disparado contra as equipes e feriu dois policiais – um sargento e um cabo – e acabou baleado. Foi preso em flagrante.
– Feminicídio
No dia 12 de outubro, Wellington teria discutido com a mulher, Angélica Mara de Lima Ferreira, 34 anos, e durante a briga estrangulou a vítima.
A filha, de quatro anos, estava na casa. O homem cobriu as marcas no pescoço da mulher com uma toalha e saiu do imóvel. Quando retornou a polícia já estava no local. Ele foi preso em flagrante.