O empresário Francis Vinícius Bez Angonese, acusado de duplo homicídio tentado contra policiais militares na madrugada do dia 30 de setembro, está no Centro de detenção provisória do presídio de Álvaro de Carvalho após longo período de internação no Hospital das Clínicas.
O empresário segue em acompanhamento de saúde mental e recebe os medicamentos no presídio. Ele aguarda a definição sobre um exame de sanidade mental determinado pela Justiça.
Enquanto o laudo médico não é apresentado, a ação judicial que pode levar o empresário ao Tribunal do Júri popular segue em tramitação e recebeu a resposta da defesa à denúncia.
A peça agrega poucas informações e é mais uma etapa formal que uma ação com foco em mudanças no curso do processo.
O advogado Ricardo Carrijo, que defende o empresário, informou ao Giro que apresentou a relação de testemunhas e manifestou que pretende produzir durante a tramitação e nas alegações finais as provas de defesa para o acusado.
Ele destacou que a falta do laudo médico impede discussões mais profundas agora. “Se houvesse um laudo falando dos problemas psiquiátricos dele poderia ter outros argumentos. Então a gente manifestou direito de apresentar tudo em alegações finais”, disse o advogado.
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O CASO
A troca de tiros entre o empresário e policiais aconteceu na madrugada do dia 30 de setembro em frente à casa do empresário, no centro da cidade.
Atirador desportivo e colecionador de armas, o empresário fez alguns disparos para o alto. Teria sido uma medida para assustar um vigilante noturno com quem vinha tendo desentendimentos.
A polícia foi chamada e ao chegar ao local o empresário teria feito ameaças. Recebeu ordem para sair com as mãos para cima, mas saiu armado com uma pistola.
Fez vários disparos que atingiram um sargento e um cabo e foi baleado em seguida. Todos foram atendidos e passam bem.
A defesa argumenta que ele estava em surto psicótico e faz uso de medicamentos. A mãe do empresário afirmou que ele havia consumidor bebidas no dia.
