A turma de formandos de 2021 da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) já seria especial só pelo número – é a quinquagésima – mas chegou a um importante ritual nesta terça-feira de forma ainda mais especial.
Alunos da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) em reta final do curso desceram a rampa do Hospital das Clínicas pela última vez como estudantes. E foi um ritual com toques muito especiais.
Embora seja uma tradição da instituição, a turma que chegou à rampa na manhã desta terça carrega dois marcas: é a quinquagésima formada pela Famema e a turma dos estudantes que enfrentaram a pandemia de Covid na reta final do curso.
Esta cerimônia é realizada desde as primeiras turmas, no início da década de 70 (Primeira turma formou-se em 1972). A turma leva o nome do médico Renato Augusto Tambelli, médico emergencista, diarista e plantonista da Unidade de Emergência.
Uma das organizadoras da formatura, a estudante Melissa da Silva Carrara destacou que o grupo queria muito realizar a tradicional “Descida da Rampa”.
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“O HCFAMEMA foi a nossa casa, nós vivemos seis anos aqui. Este é um momento único e é como se fosse, de fato, a nossa última descida – é quando a gente se despede do lugar que mais ama. Mas aqui sempre será nossa casa, não importa onde estivermos”, relata.
A turma homenageou vários docentes, mas não se esqueceram dos colaboradores do HCFAMEMA – aqueles que dia a dia também cuidam e ajudam os estudantes.
E entre eles está a dona Arlete Candido dos Santos, que foi escolhida para representar os funcionários. Dona Arlete é auxiliar de cozinha e trabalha no HCFAMEMA há mais de 16 anos. Ela conta que ficou muito emocionada com a homenagem.
“Estava bem tranquila servindo o refeitório médico, quando fui informada que deveria ir até lá fora e que era ‘urgente’. Quando sai, vi todos os alunos me esperando na escada que dá acesso à cozinha. Eles começaram a festejar e pediram para eu descer as escadas. Em seguida começaram e ler um texto e me presentearam. Foi surpreendente! Eu não imaginava que eles gostassem tanto assim de mim. Sem palavras para descrever o sentimento”, conta dona Arlete.
Desafios da profissão em meio à epidemia, atuação na linha de frente de combate, os debates sobre vacinação para estudantes foram, algumas das emoções extras para estes estudantes.
