Médico intensivista Piero Biteli, coordenador da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do HBU (Hospital Beneficente Unimar), participou de uma atividade diferente, fora do hospital. Ele foi até o Colégio Criativo, onde fez uma apresentação aos alunos do 4º Ano C sobre primeiros socorros para pacientes com problemas cardiovasculares.
A sala com cerca de 20 alunos acompanhou atentamente a explanação do médico sobre as medidas que devem ser adotadas quando uma pessoa tiver um mal súbito. Os estudantes mostraram que já tinham um conhecimento prévio sobre as medidas, que foram apresentadas em sala de aula pela professora Juliana Almeida Vilarinho Figueira.
Conforme a orientação, ao se deparar com uma pessoa em mal súbito é preciso verificar se o local onde ela está é seguro. “Importante saber disso para evitar que a situação dela se agrave ou que possa haver uma situação de risco para quem vai fazer os primeiros socorros”, destacou o médico.
Em seguida, é necessário averiguar se a pessoa está consciente ou inconsciente. Se estiver consciente basta chamar o serviço de socorro médico, Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) ou Unidade de Resgate. “Se a vítima estiver inconsciente é preciso avaliar se ela está respirando ou em parada cardíaca. “É aí que entra em cena o primeiro atendimento, que é crucial”, relata o médico.
“Uma vez constatado que a vítima está inconsciente, é necessário iniciar a massagem cardíaca, seguindo os protocolos médicos. A cada período de massagem, é preciso fazer a respiração boca a boca”, explicou o médico. Depois de toda explanação teórica sobre as primeiras medidas, os alunos tiveram a oportunidade de simular um atendimento, usando bonecos acadêmicos.
A professora Juliana destacou que a saúde e a educação são espaços entrelaçados dentro da produção e aplicação de saberes para o desenvolvimento humano. “Doutor Piero trouxe a proposta de ensinar às crianças a introdução do DLS, promovendo a autonomia dos alunos em situação de emergência”.
Segundo a docente, os estudantes receberam a atividade prática com bastante entusiasmo, participando ativamente da simulação proposta e esclarecendo dúvidas. “Foi um momento muito rico de conhecimento em sala de aula. Eu acredito que capacitar as crianças é a melhor maneira de capacitar futuros adultos e assim evitar que algo de mais grave aconteça”, apontou.
Para a superintendente da ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), Márcia Mesquita Serva Reis, a atividade desenvolvida pelo médico Piero Biteli representa a preocupação que o HBU tem com a comunidade. “Esse também é o nosso papel de inserção na comunidade, preparando, orientando as crianças a entender as doenças cardiovasculares, as principais iniciativas que podem ser feitas para socorrer as vítimas. A gente também trabalha no “extra muro”, não só esperando o paciente chegar, mas também na medicina preventiva, que começa com as crianças”, afirmou.