A eleição da advogada criminalista Patrícia Vanzolini para presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo é histórica. Ela será a primeira mulher a dirigir a maior seção da Ordem no país. Terá Leonardo Sica como vice-presidente.
Patrícia superou o atual presidente, Caio Augusto, em uma eleição muito debatida e com forte discurso de mudança. Mas o resultado faz história também em Marília: depois de aproximadamente 20 anos com importantes representações, a cidade vai ficar sem conselheiros na direção estadual.
O novo mandato começa com um desafio: “construir pontes”. A chapa eleita em Marília e encabeçada pelo advogado Tercio Sigolon apoiou a candidatura de Caio. Em Marília, não teve concorrência, mas alguns nomes muito conhecidos da advocacia na cidade declararam voto para Patrícia na eleição estadual.
A cidade tinha dois candidatos ao conselho – Tayon Soffener Berlanga e Marlúcio Bomfim Trindade – com a chapa de Caio. O primeiro já é conselheiro. Marlúcio, atual presidente da Ordem em Marília, tentou o primeiro mandato. Pretendia ocupar vaga de outro mariliense, Carlos Mattos, que deixa o conselho.
Tayon Berlanga disse que a atuação do conselheiro permite importante interlocução entre direção estadual e a subseção em Marília e ajudou em projetos como ampliação da recursos, oferta de salas para profissionais nos diferentes serviços judiciais e projetos de implantação de cursos da Escola Superior de Advocacia,
“Acabou a eleição, o que precisamos agora é um trabalho em prol da advocacia, continuar atuando junto à Seccional mesmo sem a função no conselho. O momento é de construir pontes”, disse.
O advogado Antonio Carlos Roselli, que foi conselheiro estadual por quatro mandatos e apoiador da campanha de Patrícia Vanzolini em Marília, disse acreditar que a chapa eleita em Marília vai ter aproximação com a nova diretoria estadual.
“Acabou a eleição, rasga-se o mapa eleitoral, pensar na união. O Tercio vai ser bem recebido pela Patrícia, não tenha dúvida disso”, afirmou. O vice-presidente eleito em SP, leonardo Sica, fez discurso na mesma linha, de que a OAB será de todos os advogados.
Roselli destacou que o trabalho do conselho pode ajudar muito as seccionais e os advogados, mas afirmou que a falta de eleitos pela cidade será suprida pela atuação permanente junto à diretoria em São Paulo.
“Temos uma boa relação com a Dra Patrícia, sua equipe e grupo, toda a diretoria que a acompanha. Não vamos sofrer absolutamente nada. Ao contrário, o que não foi feito vamos ter que começar a fazer. Tem que ver como está a condição da Ordem”, disse Roselli.
Ele disse ainda que há projetos importantes como apoio a jovens advogados e orientação sobre organização profissional, preocupação em atrair mais palestras e programas de atualização dos advogados, maior transparência sobre arrecadação e gastos e retorno dos pagamentos de anuidade.