A 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça julgou na tarde da terça-feira – e rejeitou – um pedido de habeas corpus para libertação do empresário Francis Vinícius Bez Angonese, preso desde o dia 30 de setembro por atirar contra policiais militares e deixar dois feridos em Marília.
Francis Angonese já foi denunciado por dupla tentativa de homicídio contra os policiais atingidos. A defesa aponta um surto psicótico extemporâneo como causa dos disparos.
“Ainda que o paciente possa registrar comorbidades mentais as quais não devidamente comprovadas, repita-se, a natureza do crime imputado impede a concessão da ordem. Os fatos são graves e reveladores de periculosidade do investigado; sua liberdade inegavelmente coloca em risco a ordem pública”, diz a decisão do Tribunal.
O tribunal já havia rejeitado uma liminar de libertação no mesmo habeas corpus Francis Angonese, que dirige um restaurante na cidade, está preso no Centro de Detenção Provisória de Álvaro de Carvalho.
A Justiça marcou para esta quinta-feira, dia 9, uma perícia médica que vai avaliar a sanidade mental do empresário, em laudo que pode alterar os rumos do processo. E o agendamento do exame, a ser feito pelo Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia) do Estado criou polêmica.
O juiz Fabiano da Silva Moreno enviou ofício ao Imesc para esclarecer a agilidade na definição do exame enquanto pelo menos outros dois casos mais antigos – encaminhados em junho e julho deste ano – ainda aguardavam definição da data de exame.