O juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal de Marília, prorrogou a prisão preventiva do empresário Francis Vinícius Bez Angonese, acusado de tentar matar dois policiais militares no dia 30 de setembro em Marília.
A medida cumpre determinação legal para reavaliação da ordem de prisão preventiva quando ela completa 90 dias. A decisão mantém Angonese detido pelo menos até a audiência, marcada para o dia 3 de fevereiro.
A audiência deve acontecer em formato virtual. A justiça expediu ofícios para notificar testemunhas e o sistema prisional para apresentação do acusado em sala de acesso.
Na decisão em que manteve a prisão, o juiz aponta que estão mantidas as bases para a decretação da prisão preventiva.
“A decretação da custódia do acusado decorreu da necessidade de acautelamento da ordem pública, fundamento caracterizado pela permanência da situação de perigo social, imodificável em tão curto espaço de tempo, além da necessidade de garantir a aplicação da lei penal”, diz o juiz.
Francis Angonose é atirador esportivo e colecionador. Na madrugada do dia 30 de setembro promoveu alguns disparos para o alto em sua casa. E reagiu à chegada de policiais com ameaças até receber ordem para se entregar.
Quando abriu o portão da casa, fez disparos com uma pistola e feriu dois policiais antes de ser atingido. Levado ao hospital, está detido desde então. A defesa argumenta que o caso foi resultado de um surto psicótico momentâneo e que o empresário não oferece mais risco e que todas as armas que tinha foram apreendidas.