A Famema (Faculdade de Medicina de Marília) promove na manhã desta quarta-feira um a solenidade de ‘acolhimento’ a servidores no auditório da instituição em cerimônia que deve ser acompanhada por uma manifestação de estudantes, que desde o ano passado protestam contra corte de professores.
A faculdade, que é uma autarquia estadual vinculada à secretaria de Desenvolvimento Econômico, já fez na semana passada um evento de acolhimento aos estudantes do 5º ano que iniciaram as atividades de internato no HC Famema, outra autarquia do Estado vinculada à Secretaria da Saúde.
Mas o novo evento vai enfrentar a resistência dos Diretórios Acadêmicos de Medicina e Enfermagem para acolhimento aos novos contratados após demissões que se tornaram polêmicas.
“Nessa semana, recebemos o convite a uma “Solenidade de Acolhimento” que será realizada pela FAMEMA para exaltar a (re)contratação dos professores que foram aprovados no processo seletivo aberto recentemente. No entanto, os professores ingressantes são os mesmos que foram demitidos sem comunicação prévia em dezembro de 2021, sendo admitidos agora com um contrato temporário, salários menores e sem plano de carreira previsto”, diz uma mensagem do DACA (Diretório Acadêmico Cristiano Altenfelder), que representa os alunos de medicina.
A mensagem diz que os estudantes não podem “ser coniventes com essa exposição e constrangimento de docentes que sempre fizeram muito além pela nossa educação”.
A manifestação recebeu apoio de alguns profissionais que acompanham e participação das manifestações contra as demissões.
Os cortes atingem profissionais que eram contratados através de um convênio com o governo do Estado. A Famema espera um concurso para contratações permanentes, mas o Estado só autorizou a contratação de temporários por um ano, o que projeta eventuais novos concursos para o próximo mandato, com um governador a ser definido.
O Complexo Famema foi estadualizado em 1994. Esperava a encampação por uma universidade estadual, o que não aconteceu.