
Uma Operação do Ministério Público Estadual com a Secretaria da Fazenda e a Polícia cumpre mandados de busca nesta terça-feira em Marília e mais cidades para combater organização acusada de fraude fiscal e lavagem de dinheiro com cigarros.
O alvo principal da operação é uma distribuidora de cigarros responsável atualmente por uma dívida superior a R$ 213 milhões com o Estado de São Paulo. Segundo o Portal G1, um dos investigados seria o empresário Luiz Antônio Duarte Ferreira, o Cai-Cai, ex-presidente do MAC (Marília Atlético Clube) e ainda dirigente esportivo na Europa. A operação investiga suspeita de que Cai-Cai seria dono oculto do negócio, com a empresa em nome de terceiros.
Registrada como Nuvem de Fumaça, a operação envolve 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Araraquara. Atinge ainda São Paulo, Bady Bassit e Taubaté.
A Justiça bloqueou bens imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves, marcas e direitos creditórios do grupo econômico reconhecido. Segundo o MP, a dívida milionária da empresa é fruto de “contumaz e sistemática inadimplência tributária e de uma sofisticada blindagem patrimonial por meio de estruturas societárias nacionais e offshores”.
O comunicado diz ainda que o grupo econômico é sucessor de uma das maiores devedoras da União, cujo montante em tributos federais supera R$ 3 bilhões. De acordo com as investigações, a sonegação fiscal e a preordenada inadimplência tributária envolviam, além da blindagem patrimonial, operações simuladas de produção e circulação de cigarros e importação irregular do produto efetivamente comercializado.
Os mandados estão sendo cumpridos por 14 promotores de Justiça, 40 auditores fiscais da Receita Estadual e nove procuradores do Estado, além de nove servidores das três instituições, bem como por equipes da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
A operação ocorre no “Dia Mundial sem Tabaco”, criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Um vídeo mostra fiscais vistoriando documentos durante as buscas, veja abaixo.