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Combate ao Trabalho Escravo resgatou 337 em julho; balanço tem casos de SP

Combate ao Trabalho Escravo resgatou 337 em julho; balanço tem casos de SP

Uma operação nacional de combate ao trabalho escravo realizada durante totó o mês em 22 estados do país divulgou balanço que aponta 337 trabalhadores resgatados em diversas cidades – inclui dois casos no Estado de São Paulo, em Franca e Guariba -.

Os números são da segunda edição da Operação Resgate, que segundo o Ministério Público do Trabalho é a maior ação conjunta com foco no combate ao trabalho análogo ao escravo e tráfico de pessoas no país.

Começou no dia 4 de julho e segue em andamento. Quase 50 equipes de fiscalização estiveram diretamente envolvidas nas inspeções ocorridas em 22 estados e no Distrito Federal durante este mês.

Em Guariba (SP), 18 cortadores de cana vindos do Maranhão foram resgatados de condições análogas à escravidão. Na região de Franca (SP) foram firmados 12 termos de ajuste de conduta (TACs) com empregadores rurais para regularizar condições precárias de trabalho na colheita e beneficiamento do café.

Goiás e Minas Gerais foram os estados com mais pessoas resgatadas na operação conjunta deste mês. As atividades econômicas com maior quantidade de resgate no meio rural foram serviços de colheita em geral, cultivo de café e criação de bovinos para corte.

No meio urbano, chamaram a atenção os resgates ocorridos em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos e os casos de trabalho doméstico. Seis trabalhadoras domésticas foram resgatadas em cinco estados.

Também foram resgatadas de condições análogas à escravidão cinco crianças e adolescentes e quatro migrantes de nacionalidade paraguaia e venezuelana. Pelo menos 149 dos resgatados na Operação Resgate II foram também vítimas de tráfico de pessoas.

Os empregadores flagrados submetendo trabalhadores a essas condições foram notificados a interromper as atividades e formalizar o vínculo empregatício dessas pessoas, bem como a pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores – que somaram mais de R$ 3,8 milhões. Além disso, podem ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos, multas administrativas e ações criminais.

Cada um dos resgatados também recebeu três parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhador resgatado, no valor de um salário-mínimo cada.

Em relação a outras irregularidades trabalhistas, serão lavrados pelos auditores-fiscais do Trabalho aproximadamente 669 autos de infração, entre eles de trabalho análogo ao escravo, de trabalho infantil, falta de registro na carteira de trabalho e descumprimento de normas de saúde e segurança no trabalho.

Também serão apuradas as infrações penais cometidas, bem como a autoria delitiva, para garantir a responsabilização criminal daqueles que lucraram com a exploração dos resgatados.