O ortopedista Sérgio de Oliveira Bruno Belluci, cirurgião, professor e inspiração para gerações de médicos em Marília, com anos de atuação no complexo Famema e na Santa Casa, faleceu nesta quarta-feira aos 65 anos.
Formado pela Famema em 1979, Sergio Bellucci era mestre em Ortopedia e Cirurgia Plástica reparadora pela Universidade Federal de São Paulo.
Deixa a esposa, Bene, e quatro filhos, Tiago, Renata, Alexandre e Ana Lígia. Filho do casal Thimo e Lígia Belluci, foi profissional dedicado tanto à qualidade da formação quanto ao atendimento.
É conhecido por colegas de profissão como o dono da média de notas mais alta da Famema durante muitos anos.
Após sua formação, fez a residência em Ortopedia na Santa Casa em 1980 e 1981 e manteve vínculo com o hospital até seu afastamento para tratamento da saúde, há pouco mais de um mês, quando recebeu diagnóstico de câncer no pâncreas.
Além dos hospitais e da Faculdade de Medicina de Marília, atuava em consultoria com ênfase nas áreas de ortopedia, traumatologia e cirurgia da mão.
Também deixou contribuições importantes em pesquisas e artigos científicos publicados em importantes publicações, entre elas a Revista Brasileira de Ortopedia da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
Moldou sua carreira a partir da atuação junto ao ortopedista Hilário Maldonado, o mais reconhecido nome da área na cidade. Com ele aprendeu muito sobre procedimentos e até hábitos de rotina, como atender no consultório até a madrugada.
Colega de profissão e clínica, o ortopedista Keniti Mizuno disse que Sergio Belluci deixa muitas histórias inspiradoras e muitos exemplos a profissionais e às dezenas de residentes que acompanhou.
“Fazia cirurgias complexas pelo SUS, de até seis horas, com a mesma qualidade que atenderia qualquer caso particular. Atendia em praticamente todas as áreas de ortopedia com conhecimento, com tecnologia de ponta”, conta.
E destaca uma história em especial: a dedicação para consultas e atendimentos pelo SUS junto à comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Viajava de ônibus, dormia na viagem, mas toda semana ia fazer o atendimento a uma das mais conhecidas comunidades populares do país.
O velório será realizado na sede da Associação Paulista de Medicina e ainda não há informações sobre horário de sepultamento.