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Ex-ministro da Venezuela acusado de "megafraude" se compara a Lula

Ex-ministro da Venezuela acusado de "megafraude" se compara a Lula


O ex-ministro e ex-presidente da petrolífera PDVSA Rafael Ramírez apontado pelo governo venezuelano, nesta terça-feira (30), como líder de um esquema que desviou mais US$ 4,85 bilhões dos cofres públicos do país, se comparou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais ao dizer que está sendo perseguido por Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela.

Denunciado por Tareck El Aissami, ministro do Petróleo, pela “megafraude”, Ramírez era um dos homens de confiança do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e atualmente é rival de Maduro.

De acordo com a denúncia de Tareck, a PDVSA fez diversas transferências de valores como pagamento de um crédito tomado com a administradora Atlantic, na época em que Ramírez era presidente da estatal.

Na investigação, aberta pelo procurador-geral Tarek William Saab, os débitos foram justificados como parcelas de empréstimo contratado em fevereiro de 2012, mas a petroleira não teria recebido nenhum crédito.

O dinheiro teria sido cedido pela administradora Atlantic para os fundos Violet e Vuelca, com sede no Panamá e em São Vicente e Granadinas.

Diversos ex-diretores da estatal já foram presos por esquemas de corrupção. Ramírez é alvo das investigações desde 2017.

Na última terça-feira (30), o ex-vice-presidente de Finanças da PDVSA, Víctor Aular, foi preso. Ele é acusado como o responsável por assinar o contrato de empréstimo com a Atlantic.

Nas redes sociais, Ramírez fez uma sequência de posts dizendo ser inocente. Segundo o ex-ministro, “Este ataque histérico é a resposta do governo à minha recém-anunciada candidatura presidencial. Eles estão apavorados com o chavismo de Chávez na rua, como opção, agora mais do que nunca vamos nos organizar e derrotá-los!”.

Ramírez comparou a sua situação com a do ex-presidente Lula (PT) na Lava-Jato. “O madurismo tenta fazer comigo o que a direita fez com Lula, o mesmo roteiro, os mesmos argumentos, mas nada disso vai nos parar! Essa estratégia é chamada de ‘lawfare e é usada para perseguição política em nossa região”, afirmou.

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Fonte: IG Política