Vanir Pinto, arquiteto que adotou Marília, deixa legado e recebe homenagens após despedida

Vanir Pinto, 71 anos, nascido em São José do Rio Preto e cidadão de Marília por afinidade e opção, faleceu na quarta-feira, dia 2, em pleno feriado de Finados e em meio aos tumultos em rodovias que viraram atração principal no país em uma despedida quase silenciosa e que não fez justiça ao talento e histórico do arquiteto.

Chegou a Marília em 1979. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Mogi das Cruzes, fez a partir da cidade sua base para trabalhos em diversas cidades, inclusive outros estados.

A esposa, Eliana Silva Reis Pinto, conta que Vanir chegou a Marília depois de visitar cidades de Minas Gerais, Mato Grosso e outros municípios paulistas em busca de lugar para iniciar a carreira.

Veio com dois amigos, que foram embora. Vanir já tinha projetos e começou a acompanhar duas obras. “Na época ele fazia o projeto e administrava as obras”, explica Eliana.

Ela só viria algum tempo depois. Bancária concursada no Banco do Brasil, assumiu primeiro em José Bonifácio, na região de Rio Preto, até conseguir a vaga em Marília. Nunca mais saíram.

Vanir como filho, pepê, a esposa, eliana, e a filha, Mariana

Aqui criaram os dois filhos, Pedro – o Pepê Reis, músico que é uma das grandes revelações recentes da cidade no gênero – e Mariana. Em Marília nasceu o neto, Nicolas, filho de Pepê e Nádia Macedo, a nora do arquiteto.

Nos 43 anos em que atuou na cidade, Vanir espalhou projetos em prédios comerciais, de serviços, residências e grandes instituições, com destaque para a saúde.

Trabalhava atualmente no Complexo Famema. São deles desenhos e ideias para o prédio do campus da Faculdade de Medicina de Marília e também para novas estruturas do Hospital das Clínicas. É uma produção que varia de serviços menores – como novas estruturas da radiologia – à implantação do novo Hospital da Mulher.