O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) revelou nesta segunda-feira (28) que irá se encontrar, nos próximos dias, com os membros da equipe de transição que fazem parte do setor econômico. O ex-ministro da Educação é o favorito para assumir o Ministério da Fazenda no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu não sei quem vai estar aqui. Sei que vou ter uma conversa com o Guilherme Mello amanhã à tarde, vou ter um café da manhã com o Gabriel Galípolo, devo encontrar o Nelson Barbosa. Estou autorizado pelo presidente a interagir com os integrantes do grupo de economia, e eventualmente participar de reuniões”, declarou.
Haddad irá conversar com Guilherme Mello, que foi assessor econômico da campanha presidencial do PT em 2018 e 2022, Gabriel Galípolo, ex-banqueiro e cotado para ocupar à presidência do BDNES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e Nelson Barbosa, que foi ministro do Planejamento e da Fazenda durante o governo Dilma Rousseff.
Haddad foi questionado se foi convidado para a Fazenda e se aceitaria um possível convite. O ex-ministro da Educação não quis se aprofundar no assunto e informou que é apenas “colaborador” de Lula na transição.
O PT tem feito um trabalho pesado para que a rejeição do mercado financeiro ao nome do ex-prefeito paulistano diminua. Empresários da Faria Lima ainda não estão convencidos que o petista é a melhor indicação para ocupar o Ministério da Fazenda durante o governo Lula.
Apesar da resistência do mercado, Lula e a cúpula do PT não querem deixar a pasta nas mãos dos partidos de Centro. A intenção é construir uma imagem positiva a favor de Haddad para, quem sabe, ele ser o sucessor do presidente eleito.
Haddad não comenta a PEC da Transição
Haddad também foi perguntado sobre a PEC da Transição, que pretende deixar R$ 200 bilhões fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos. A intenção é custear o Bolsa Família e realizar investimentos em diversos setores.
“Eu não vou emitir opinião porque eu vou me reunir a partir de amanhã com alguns integrantes do grupo de economia. E obviamente, como é uma decisão que cabe ao governo, que vai compor a sua equipe, eu estou aqui na condição de colaborador. Para dar opiniões sobre como eu acho que deve ser conduzido esse assunto. Mas vou fazer isso reservadamente”, concluiu.
Fonte: IG Política