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Roubo: 1,8 milhão de pessoas com 15 anos ou mais foram vítimas em 2021

Roubo: 1,8 milhão de pessoas com 15 anos ou mais foram vítimas em 2021


Em 2021, 1,5 milhão de domicílios no país tiveram pelo menos um morador vítima de roubo nos 12 meses anteriores, 1,7 milhão de residências foram alvo direto de furto, e 195 mil de roubo. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nada menos do que 1,8 milhão de pessoas de 15 anos ou mais foram vítimas de roubo, o que corresponde a 1,1% da população. A maioria dos assaltos ocorreu em áreas urbanas (94% do total) e a maior parte das vítimas tinha entre 25 e 39 anos.

Menos segurança, menos confiança

A pesquisa mostrou que a violência aumenta a percepção de risco da população. Quem já foi vítima, mesmo que seja de furto, passa a ter mais medo inclusive de coisas simples, como andar sozinho perto de casa.

Outros 71% das pessoas que não foram alvo de criminosos se sentem seguras ao andar desacompanhadas nos arredores do local onde mora, apenas 37,6 das vítimas de roubo e 49,3% das vítimas de furto disseram ter a mesma tranquilidade.

Em 2021, a arma de fogo foi usada em 97,6% dos roubos de carro, 97,9% dos roubos de moto e 90,8% dos roubos em residências, por exemplo. A pesquisa mostrou que o roubo atinge sem distinção homens e mulheres, mas a maioria das vítimas (63,2) é parda ou preta.

Em 2021, ocorreram 192 mil furtos de carros, 150 mil de motos e 388 mil furtos de bicicleta. Houve 1,7 milhão de furtos nos domicílios e 1,4 milhão de furtos fora deles.

Embora a maioria das pessoas procure pela polícia, a subnotificação é maior entre as vítimas de furto. Enquanto 91% dos que tiveram carro roubado disseram ter ido à polícia, em caso de furto de automóvel o percentual cai para 80,3%.

Segundo o IBGE, em 10 dos 13 tipos de violência investigados, a proporção das pessoas de cor preta ou parda que relataram risco médio ou alto de ser vítima foi maior que a das pessoas brancas.

Mais da metade dos domicílios brasileiros (68%) tem algum tipo de reforço de segurança. Os principais são travas, trancas, fechaduras reforçadas ou grades (41%) e muro ou grade altos, cacos de vidro ou arame farpado (35,5%). Há ainda quem recorra a animais, como cães (29%).

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Fonte: IG Nacional