Marília

HC de Marília muda atendimento e comemora dias sem superlotação em emergência

HC de Marília muda atendimento e comemora dias sem superlotação em emergência

Atendimento de urgência e emergência 100% pelo SUS, para 62 cidades e sem pacientes em macas no corredor, sem enfermarias lotadas de pacientes que deveriam estar internados. É uma imagem rara e rendeu de forma merecida uma celebração nas redes sociais do Hospital das Clínicas de Marília na segunda-feira.

O corredor e a enfermaria de transição, que atua como ponto de suporte para encaminhamento dos pacientes, ficaram vazios. Tradicionalmente viveram dias de superlotação com críticas de pacientes, familiares e profissionais.

“Para alguns era utopia ver o corredor e a Enfermaria de transição vazios. Para nós funcionários do HCFAMEMA é estudo, mudanças de processos, novas metodologias, implementação de ferramentas de gestão”, disse a superintendente do HC, Paloma Libanio.

Ela afirmou ao Giro Marília que a conquista é resultado de mudanças potencializadas a partir de maio deste ano com a integração do hospital ao Projeto Lean nas Emergências, iniciativa do Ministério da Saúde, que visa apoiar os hospitais na superlotação das unidades de urgência e emergência.

“O HCFAMEMA recebeu o time da Beneficência Portuguesa por seis meses para acompanhar e implementar ações de gestão para diminuir a superlotação da nossa unidade de urgência adulto Já estamos colhendo os frutos desse Projeto, quando vemos os dias em que o pronto socorro e sua unidade de retaguarda (transição) ficam assim, com leitos disponíveis.”

Entre as ações do projeto o destaque é um programa de encontros diários com toda equipe envolvida no atendimento do paciente, desde diagnóstico até higiene, para compartilhar informações sobre a situação do pronto Socorro e a forma como cada um pode intervir.

“Outra ação de destaque é a regulação dos leitos de internação de forma efetiva, promoção de alta qualificada, otimização de leitos de UTI e centro cirúrgico efetivamente trabalhando”, disse a superintendente, que é também médica especialista em Saúde da Família.

O índice de superlotação é medido diariamente pela ferramenta NEDOCS, uma sigla em inglês para pontuação que analisa variáveis com número de pacientes, leitos, tempo de atendimento e outros em que menos é mais.

A meta no HC é índice de 390 ou menos. No início do projeto superou a casa de 500 pontos e no último final de semana chegou a 140, o que foi motivo de comemoração.

“Acreditamos que temos muito a avançar e temos a meta de fechar a unidade de transição. O paciente que der entrada no Pronto Socorro e necessitar de internação deve ter seu leito garantido nas unidades de internação do HCFAMEMA e não no PS.”

A Equipe da Beneficência Portuguesa vai manter acompanhamento na cidade por mais um ano.