O Tribunal de Justiça de São Paulo publicou no dia 12 de dezembro o encaminhamento de recursos em que o administrador de empresas Leonardo Cafer Júnior, 47 anos, tenta adiar e arrasta o julgamento pela morte de Marcelle Brandina, 23, ocorrida há três anos, em dezembro de 2019.
Leonardo, morador de Oriente, marcou um encontro com Marcelle em motel de Vera cruz, onde brigaram e ela foi morta. Depois, abandonou o corpo ao lado da rodovia em Marília. Ele alega legítima defesa.
A Justiça encaminhou o caso para o Júri Popular. A defesa de Leonardo Cafer recorreu e em abril deste ano o Tribunal de Justiça rejeitou o recurso.
A defesa quis levar a análise do caso apo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal federal), pedidos que foram rejeitados. Foi apresentado um novo recurso – desta vez para que os dois tribunais superiores revejam a decisão sobre o primeiro recurso – e assim o caso se arrasta.
Leonardo chegou a ser preso depois de ser encontrado durante o que parecia ser uma tentativa de suicídio no fundo da casa em que vivia com a mulher e filhas na época do crime.
Mas foi solto poucos dias depois. Desde então responde ao caso em liberdade. A libertação e processamento dos recursos não foram as únicas derrotas para família de Marcelle, que chegou a nomear assistente de acusação para o caso.
Pedidos para que a ação fosse tratada como feminicídio foram repetidamente rejeitados pela Justiça na cidade.
Marcelle, nome social adotado por Rafael Brandina, com família em Tupã, combinou o encontro por mídias sociais.
Leonardo diz que no motel houve discussão entre eles e acusou Marcelle de tentar extorsão e agredi-lo. Durante o confronto, aplicou uma gravata – golpe que trava a respiração da vítima – e Marcelle desfaleceu. O corpo ao lado da rodovia foi encontrado por moradores horas depois.