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Imersivo e fantástico: o que fazer no melhor observatório de Nova York

Imersivo e fantástico: o que fazer no melhor observatório de Nova York


O Summit One Vanderbilt, observatório transparente que fica em Nova York (NY) com mais de 6 mil m², tem encantado turistas brasileiros e de todo o mundo e será reaberto nesta quarta-feira (1º). Muito mais do que uma vista única para quem deseja ver a Capital do Mundo do alto, o mirante de vidro ao lado da Grand Central Terminal proporciona uma experiência imersiva fantástica.  

O Summit One Vanderbilt fica no 4º prédio mais alto de NY
Reprodução/Instagram

O Summit One Vanderbilt fica no 4º prédio mais alto de NY

Os diversos ambientes oferecem uma vivência multissensorial, com sons, luzes e espelhos, que fazem os visitantes se sentirem – literalmente – no céu. Afinal, o Summit fica nos andares 91º, 92º e 93º do edifício One Vanderbilt, o quarto maior prédio da região de Manhattan, que tem 427 metros de altura.

De lá, você consegue ver todos os outros observatórios renomados de NY – Top of the Rock (Comcast Building), Chrysler, Empire State e One World e o Edge – além do Central Park, o que deixa a programação ainda mais especial. 

O artista Kenzo Digital, que projetou parte da experiência, a define como “eufórica e multissensorial”. “Desafia a percepção do espaço e mergulha o visitante em uma fábrica de silhuetas e arranha-céus”, diz o diretor. Ele é conhecido por colaborar com a cantora Beyoncé em grandes projetos.

Embarque iniciado A “viagem” pelo Summit começa antes mesmo do visitante chegar ao topo: em uma sala escura, com pufes e um telão, é possível assistir a uma prévia da experiência – o que já provoca os primeiros arrepios e ajuda o público a entrar no clima. 

Maria Clara Lauton e o noivo, Raoni Libório, no observatório
Reprodução/Arquivo pessoal

Maria Clara Lauton e Raoni Libório no observatório

“O vídeo já me impactou bastante. Quando fui, eles fizeram um link com a pandemia. Todo mundo dentro de casa, se sentindo estranho, pequeno, até que as paredes ‘explodem’ e eles fazem a conexão com o Summit. Me arrepiei inteira!”, conta a produtora de moda e conteúdo baiana Maria Clara Lauton, 30 anos, que se apaixonou pelo observatório durante visita com o noivo, em outubro do ano passado. Ela tinha o sonho de conhecer a Big Apple. 

Depois, um elevador leva os visitantes do térreo ao 91º andar em menos de um minuto. O próprio transportador já surpreende, pois oferece um jogo de luzes e sons. Quem tem fotossensibilidade pode subir em um elevador normal. “O elevador é muito rápido. Tem todo um barulho, uma cenografia, e é bem futurista”, comenta o fotógrafo francês Raoni Libório, 36, noivo de Maria Clara.

Para ele, o Summit deve ser parada obrigatória de turistas e locais. “É uma experiência bem incrível. A gente tinha ido em outro observatório antes, então fui achando que ia ser a mesma coisa, mas é bem diferente. Como ele é bem mais novo, é super moderno e tecnológico. Estava cheio, mas é bem organizado. Tem hora marcada, as filas são rápidas”, pontua.

Experiência transcendental

O destaque fica por conta das salas Transcendence, que é toda espelhada e a depender do céu do dia fica azulada, alaranjada ou cinzenta, e a Affinity, com aproximadamente 500 bolas prateadas que levitam no espaço – então é possível brincar e interagir com esses elementos. Essa sala também tem espelhos e rende fotos incríveis.

“A sala com bolas prateadas é sensacional. E a espelhada, que reflete o dia lá fora, também é demais. O dia que a gente foi estava muito bonito, com ceú azul. Eu gostei bastante da experiência. Como ele é o observatório mais recente, é uma atração bem disputada”, afirma Maria Clara.

Segundo Raoni, o local proporciona experiências diferentes para cada visitante a dependender da estação e do horário da visita. “Deve mudar bastante a depender da época do ano que você for. Se for de dia, é uma coisa; no pôr do sol outra coisa; e de noite já deve ser outra vista. Tudo o que está fora reflete dentro: tanto o céu, quanto os prédios. Super vale a pena ir”, completa.

A produtora de moda baiana indica o local para a programação de famílias e de pessoas de todas as idades. “Esse lado mais interativo acaba atraindo crianças e pessoas mais novas; e os adultos acabam virando um pouco crianças e brincando com aquela atmosfera toda. Eu gostei bastante da experiência porque mexe com todos os sentidos”, ressalta.

“Friozinho” na barriga Duas sacadas de vidro fechadas que “saem” do edifício e avançam em direção a rua também são queridinhas. Andar pelo vidro te dá a sensação de levitar, como se estivesse flutuando sobre Nova York.

“Amei essa parte. Dá muito medo, mas depois vale a pena. A vista é maravilhosa”, diz a representante comercial Bethânia Simão, 28, de Santa Catarina (SC), que visitou o Summit com um casal de amigos no dia 8 de janeiro.

Ela também amou fazer fotos com as bolas pratas. “Gostei muito e indico. Só tem uma coisa que deixaram a desejar: colocam muita gente no mesmo horário e nem todas as fotos ficam legais”, pontua. 

Bethânia viajou pela primeira vez para NY entre dezembro e janeiro e não vê a hora de voltar: “Me senti em um filme. Já quero voltar”.

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● Air – Transcendence 1

A primeira sala do Summit One Vanderbilt fica no 91º andar do prédio e propõe uma sensação única. A Transcendence 1 é um espaço transcendental que cria a ilusão de espaço ilimitado com espelhos por todo canto – nas paredes, no chão e no teto.

Tudo fica ainda mais incrível por conta da vista do lado sul da cidade: é possível ver o Bryant Park, a Grand Station Terminal, o Chrysler Building, o Empire State, o One World, Queens, Brooklyn, entre outros pontos.

No primeiro momento, a sensação chega a ser desconfortável, podendo gerar certa “confusão mental” e até um pouco de tontura. Isso tudo porque não dá para distinguir se o que você está vendo é real ou reflexo da própria coisa.  

Os espelhos que criam a sensação de infinitude também refletem o céu e o clima do lado de fora da Big Apple. Nos dias frios, o espaço fica praticamente todo cinza; já em dias de sol, predominam os tons alaranjados e azuis.

Por conta da claridade, a recomendação é que os visitantes levem óculos escuros – caso esqueçam, o Summit empresta um na entrada da atração. No final da visita, é só devolver na caixa localizada na porta do elevador. 

Outra dica é para que as pessoas evitem usar saias ou vestidos por conta do piso espelhado.

Saltos altos também não são recomendados, para que o piso não seja danificado e acidentes sejam evitados. Pensando na redução de riscos, o Summit entrega uma proteção de plástico para que calçados sejam envolvidos ainda na entrada da atração.

● Air – Transcendence 2

Em seguida, no 92º andar do prédio, está a Trancendence 2, que funciona como uma espécie de mezanino sobre a área Trancendence 1. Desse espaço, é possível ver outras pessoas chegando no andar de baixo e reagindo ao ambiente. Basicamente o mesmo que aconteceu com você minutos antes.

A vista mais ampla da sala espelhada é o ponto alto desse novo espaço. De lá, você poder fazer fotografias com ângulos privilegiados. Toda essa obra espelhada foi idealizada pelo artista e diretor Kenzo Digital, conhecido por projetar a cenografia de shows de artistas renomados, como Beyoncé e Kanye West.

● Reflect

A sala Reflect é a próxima parada da nossa viagem pelo Summit. Nela, está exposta a obra de arte “Clouds”, da artista plástica japonesa Yayoi Kusama. A obra é composta por formas semelhantes a nuvens de aço inoxidável que ficam fixas no chão. A impressão é que porções de mercúrio foram espalhadas pela superfície.

O espaço também abriga uma réplica do prédio One Vanderbilt, onde está localizado o Summit. A sala é climatizada com um barulho de vento, que proporciona tranquilidade e relaxamento aos apreciadores.

● Affinity

Essa é, sem dúvidas, uma das melhores partes do passeio pelo Summit One Vanderbilt. A sala Affinity tem cerca de 500 bolas prateadas que ficam flutuando no espaço. Você pode pegá-las, brincar, jogar para o alto, posar com elas para fotos e observar os reflexos dos prédios, espelhos e pessoas nelas. A sala é a preferida das crianças; mas também diverte os adultos e pessoas de todas as idades. 

Antes de continuar seu passeio, aproveite para ir ao banheiro. Além da decoração moderna, ele tem uma janela panorâmica na área das pias com uma vista incrível de NY.

● Unity

Antes de entrar no Summit – logo após proteger seu calçado com o plástico – o visitante pode escanear o rosto em um dos aparelhos localizados na entrada e só agora vai entender o motivo.

Na entrada da sala Unity, é só escanear o QRcode da pulseira que recebeu lá embaixo. Alguns segundos depois, em um telão gigante que projeta nuvens em um céu, você verá a silhueta do seu rosto no meio dessas nuvens. Uma verdadeira viagem! 

● Levitation

A próxima parada é mais um ponto alto do Summit. O espaço Levitation conta com dois cubos de vidro – ou “caixas de levitação” – sacadas fechadas que “saem” do edifício e avançam aproximadamente 1,5 metros em direção a rua. Andar pelo vidro te dá a sensação de levitar, como se estivesse flutuando sobre Nova York.

Essas sacadas transparentes ficam a cerca de 325 metros da Madison Avenue. Delas, o visitante vê não só o icônico Empire State Building como também o Central Park. Quem tem medo de altura talvez fique com um pouco de vertigem e não encare o desafio, mas o frio na barriga e a vista fantástica com certeza ficam marcados na memória.

● Après / Observation Deck / Summit Terrace

Após acessar diversas sensações nesta viagem transcendental, o visitante pode relaxar um pouco no longe do Summit  no terceiro andar do Summit – o 93º andar do prédio – enquanto aprecia a estonteante vista de Nova York. O Café Après conta com lanches e bebidas para consumo no local.

Através de uma porta giratória, ainda no terceiro andar, você chega no observatório externo, um terraço cercado de paredes de vidro, ideal para continuar admirando a vista. Esse é o único ambiente aberto da experiência – ele é uma ótima opção para dias ensolarados; no Inverno, fica quase impossível aguentar o frio. Neste lounge, também há lanches e bebidas.

● Ascent

Se você pensa que a experiência acabou, está muito enganado. O terraço do 93º andar abriga ainda o Ascent, dois elevadores panorâmicos com piso em vidro que sobem mais 50 metros e te deixam a mais de 400 metros do chão.

Essa atração do Summit, entretanto, exige que o visitante pague um valor a parte – é possível já comprar com o ingresso básico. 

Todo transparente, o elevador sobe devagar, para por alguns minutos e desce de volta para o lounge do Summit. A experiência dá menos medo do que as “caixas” da sala Levitation. Tudo porque quando você olha pra baixo você verá o terraço do prédio, e não o chão.

O Summit One Vanderbilt combina instalações artísticas quase psicodélicas com cabines e elevadores de chão transparente
Divulgação

O Summit One Vanderbilt combina instalações artísticas quase psicodélicas com cabines e elevadores de chão transparente

▹ Quanto custa ir ao Summit? Os ingressos começam em U$39 (dia) e U$59 (próximo ao pôr do sol). Você pode adicionar o elevador (Ascent) por U$20 a mais além de outras experiências. Para comprar o seu ingresso ou saber mais informações, entre no site  oficial.

▹ Como chegar no Summit Há duas formas de acessar o Summit One Vanderbilt: pelo principal corredor do Grand Central Terminal, dentro da Vanderbilt Passage, ou pela 42nd Street, entre as avenidas Vanderbilt e Madison. 

As linhas de metrô mais próximas são as 4, 5, 6, 7 e Shuttle no Grand Central. Para quem for de ônibus, as melhores linhas são M101, M102, M103, M1, M2, M3, M4, Q32 e M42.

Se você gosta de caminhar, o observatório fica a cerca de 5 quilômetros do Central Park.

▹ Horário de funcionamento O Summit abre de quinta a domingo nos seguintes horários:

⇢ Quinta-feira, das 15h às 22h30. ⇢ Sextas-feiras e sábados, das 9h às 00h. ⇢ Domingos, das 10h às 19h.

Obs.: A jornalista viajou para Nova York (EUA) a convite da Delta Air Lines e NYC & Company

Fonte: IG Turismo