Os SUVs hoje são a preferência por aqueles que procuram uma posição de dirigir elevada e espaço para a família, alguns dos fatores mais buscados na decisão por um carro novo. No entanto, o outro lado da moeda, ou seja, as Station Wagons ou, simplesmente, peruas , ainda levam uma ligeira vantagem quando o assunto é esportividade, espaço interno e melhor capacidade de volume do porta-malas, dependendo do modelo escolhido.
Por tanto, resolvemos listar cinco dos modelos que consideramos agregar o melhor dos dois mundos e mostrar a você que com apenas R$ 20 mil no bolso, é possível escolher boas ofertas no mercado de usados. Vamos a elas?
1) Fiat Palio Weekend – Preço médio: R$ 25 mil
Na segunda metade dos anos 1990, o Palio fez um sucesso tremendo o que lhe deu bons frutos como o sedan Siena , a picape Strada e a perua Palio Weekend , que apesar de não ter feito o mesmo sucesso da versão comercial, coube a ela inaugurar o segmento dos crossovers, com a versão Adventure , em 1999.
Lançada em 1997, inicialmente vieram as versões 1.5 MPi de 77 cv e 1.6 16V de 106 cv, disponíveis para as versões Stile e Sport. A maior vantagem da perua que mede 4,13 m de comprimento, é seu bom porta-malas, de generosos 460 litros.
Ao longo de mais de 20 anos no mercado, a Fiat chegou a oferecer também a 1.0 6 marchas de 61 cv, 1.6 8v (92cv), 1.8 (103cv), 1.3 flex (71/70 cv, 1.8 flex (114/112cv), 1.0 flex (66/65 cv), 1.4 flex (81/80 cv) e, por fim, E-TorQ 1.6 16V de 117/115 cv e 1.8 16V de 132/130 cv.
Com tantas opções, a dica é fugir das versões menos potentes e menos equipadas. Assim, a dica que dou são as Adventure equipadas com motores E-TorQ 1.6 16V de 117/115 cv que deram um fôlego aos modelos da Fiat nos quesitos desempenho e modernidade.
2) Toyota Fielder – Preço médio: R$ 30 mil
A perua foi lançada em 2005 e compartilhava a mesma plataforma com o irmão Corolla , assim como o motor com bloco e cabeçote de alumínio 1.8 16V e comando de válvulas variável inteligente VVT-i de 136 cv a 6000 rpm. Em 2007, a perua da Toyota recebe a tecnologia flex para o seu motor 1.8. Batizado de VVT-i Flex, a potência era mantida em 136 cv tanto na gasolina quanto no etanol , assim como o torque de 17,5 kgfm.
Em suas dimensões, contavam com os mesmos 2,60 metros de entre-eixos do sedan, mas o comprimento tinha 4.45 m, ou seja, 8 centímetros menor no comprimento total que o sedan. Desta forma, a Fielder comportava 411 litros, ou 26 litros a menos que o Corolla. Opcionalmente podia ser oferecida a transmissão automática de 4 velocidades com overdrive.
A grande vantagem da perua está na fama que ela divide com o Corolla de confiança e robustez , e uma ampla rede autorizada conhecida pela qualidade do atendimento e dos serviços prestados.
Apesar de todas estas vantagens, saiba que alguns proprietários reclamam da escassez de algumas peças e da mão-de-obra cara, mas nada que assuste se você está com a intenção de adquiri-la. Só lembre de comprar unidades com a mecânica em dia e, claro, sempre fazer uma vistoria cautelar .
3) Volkswagen SpaceFox – Preço médio: R$ 28 mil
Você está à procura de uma perua pequena que caiba no seu “bolso”, mas que nem por isso deixe de oferecer o espaço e a altura de uma minivan , certo? As vantagens aumentam quando o assunto é: motor ágil na cidade e bom preço no custo de reparação. Neste caso, a SpaceFox poderá ser uma boa solução para suas necessidades.
Produzida na planta argentina de General Pacheco, a Spacefox começou a ser vendida em 2006 nas versões Plus e a topo de linha Comfortline, ambas com motor 1.6 flex de 103 cv com etanol e 101 cv com gasolina. Desde a mais simples, já vem bem equipada com os exigidos ar-condicionado , direção hidráulica e trio elétrico , mas o freio ABS era opcional para ambas as opções.
Por falar em opções, a partir de 2009, o propulsor 1.6 (104/101 cv) passou por algumas reformulações que privilegiaram consumo e torque (15,6/15,4 kgfm a 2.500 rpm) e ganhou a nomenclatura EA111 VHT (Very High Torque).
A posição de dirigir é idêntica à do irmão menor Fox . Outra familiaridade está no confiável motor EA 111 1.6 Total Flex com 103 cavalos de potência e 14,5 kgfm de torque, com etanol. Se você tem filhos grandes, a escolha pela perua da Volkswagen é ideal, se for comparar, por exemplo, com a Palio Weekend.
Evite as versões mais peladas, fabricadas a partir de 2011, ano em que a VW tirou o ar-condicionado e trio elétrico de série. As primeiras versões que eram muito gastonas, com a média de 6,5 km/l na cidade, segundo alguns proprietários.
4) Renault Mégane Grand Tour – Preço médio: R$ 30 mil
Com apenas uma passagem tímida por aqui, a perua da Renault chegou no final de 2006 e foi até 2012, com nenhuma mudança significativa em sua carroceria. Batizada de Grand Tour , tinha 80% de suas peças compartilhadas com o modelo sedan, inclusive a motorização, mas a diferença ficava na única oferta da versão mais sofisticada, a Dynamique .
Apesar de se tratar de um projeto antigo – foi lançado na Europa em 2002 – o modelo “Made in Brazil” ainda possui um estilo atual, com recortes angulosos e linhas ainda atuais.
Produzida no Complexo Industrial Ayrton Senna (situado em São José dos Pinhais) , recebeu as mesmas opções de motores do sedan, ou seja, 1.6 16V Hi-Flex (câmbio manual de cinco marchas) ou 2.0 16V (câmbio manual de seis velocidades ou automático / sequencial Proactive).
Fabricada até 2012, a dica é não comprar as versões dos primeiros anos, que apresentavam muitos problemas. Algumas unidades foram chamadas pela Renault para fazer vários reparos em fechaduras , bomba e tanque de combustível , alto-falantes, para-brisa e luz do air bag, além de outros itens.
O senão vai para a falta de estoque de peças, mão-de-obra cara, além do espaço interno comedido, sobretudo quem tem filhos com estatura mais altas. Em contrapartida, o porta-malas de 520 litros é um dos maiores da categoria.
5) Volkswagen Golf Variant – Preço médio: R$ 85 mil
Assim como a sua irmã maior, a Jetta Variant , a perua Golf goza de benefícios que encantam qualquer entusiasta por carros de alto desempenho. Ingredientes como torque, potência e suspensão mais rígida, aliado ao porta-malas mais generoso. No caso dele, por exemplo, são excelentes 605 litros .
O Golf Variant deu as caras por aqui em 2015 equipado com motor 1.4 TSi de 140 cv. Um de seus pontos fortes está atrelado ao bom torque de 25,5 kgfm disponibilizado a partir dos 1.500 rpm. O câmbio automatizado é do tipo de DSG (“Direkt Schalt Getriebe”, ou “câmbio com trocas diretas”) de sete velocidades que consegue aliar desempenho e baixo consumo de combustível em um só “pacote”.
Para empurrar os 1.357 Kg do Golf Variant, da imobilidade a 100 km/h são necessários 9,5 segundos, com velocidade máxima de 205 Km/h. Apesar do excelente desempenho tem consumo de combustível contido: 11,3 km/l de gasolina em cidade e 13,3 km/l em estrada, segundo o Inmetro.
A ressalva vai para a temida transmissão DSG que apresenta trancos, paradas repentinas no funcionamento do veículo, como alguns dos sintomas. Segundo a Volkswagen de outros países que anunciaram um recall dos modelos do grupo VW, a unidade “tem um vazamento de fluido que pode levar à perda de pressão na caixa de câmbio”. Pesquisando pelo site Reclame Aqui, encontramos inúmeras queixas do problema crônico, que por enquanto segue sem recall no Brasil.
Fonte: IG CARROS