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Chuvas de verão aumentam sinistros de alagamento para seguradoras

Chuvas de verão aumentam sinistros de alagamento para seguradoras


Os primeiros meses do ano, principalmente na região sudeste do Brasil, são caracterizados pelas fortes chuvas , que acontecem geralmente no fim da tarde e podem causar grandes estragos nas grandes cidades. Pensando nisso, conversamos com a Bradesco Seguros para entender como o seguro protege o motorista e seu automóvel em situações como essa.

Segundo Rodrigo Herzog, superintendente executivo de sinistros da Bradesco Seguros, os casos envolvendo automóveis cresceram muito nos últimos anos, principalmente os relacionados às  tempestades , que registraram 1.900 chamados em 2021 e 2022.

“As indenizações pagas em chamados de alagamentos cresceram 118% entre os anos de 2021 e 2022. Os números demonstram que, a cada ano, casos extremos como tempestades e vendavais acontecem com mais frequência e severidade. Desde 2015, o montante de indenizações ultrapassa R$ 53 milhões , com R$ 9,5 milhões apenas nos dois últimos anos.” 

O executivo ainda afirma que os registros de sinistros por alagamento e inundação crescem cerca de 20 vezes entre fevereiro e abril, e explica que a Bradesco Seguros oferece seguro contra chuvas de granizo, alagamentos, vento e queda de árvores no pacote básico de cobertura.

Entretanto, para que o cliente seja ressarcido, são obedecidos alguns critérios, e Herzog explica detalhadamente como funciona o critério:

“A seguradora fica atenta à questão do agravamento voluntário do risco, que acontece quando o cliente opta por correr um risco. Por exemplo, decidir atravessar uma rua alagada ou obstruída quando não há necessidade. Nestes casos, segundo as condições gerais, o direito do cliente à indenização não é aprovado.”

“No caso do seguro de automóveis , nossos experientes analistas consideram dados importantes do cliente, do condutor, do sinistro – como data e hora de ocorrência – e também do veículo para fechar o entendimento acerca do stress pelo qual passam as pessoas que estão em veículos presos por alagamentos, correntezas e enchentes, descaracterizando a intenção do cliente em causar o dano, quando este for o caso, e configurando cobertura aos sinistros, que podem chegar à indenização integral se o orçamento para reparo do veículo atingir ou ultrapassar 75% do valor de mercado.” Conclui o Superintendente.

“Essa hipótese de indenização integral, hoje é muito frequente em alagamentos porque há muitos componentes elétricos e eletrônicos no interior do veículo que, se em contato com a água, vão apresentar defeito imediato ou em algum lapso de tempo. Como o custo desses equipamentos é alto, em geral, o caso é tratado como indenização integral. Mas se o orçamento não atingir 75% do valor fipe do veículo, o caso é de reparação de todos os danos, com higienização do veículo inclusive e com necessidade de pagamento da franquia por parte do cliente por ser um sinistro de dano parcial”, completa o executivo.

Mesmo com seguro , o proprietário do veículo não deve se arriscar em atravessar ruas muito alagadas , e Herzog ainda dá dicas para o usuário ao se deparar com um alagamento à sua frente.

“No caso de automóveis, há dicas de segurança importantes: o limite para atravessar um alagamento é quando a água está no máximo até metade da roda. Em caso de travessia, é preciso manter a primeira marcha e dirigir em uma rota fixa. Nunca entre na água de forma veloz, pois isso pode formar uma onda sobre a frente do veículo, que pode invadir a entrada de ar do motor e causar calço hidráulico. Caso não conheça a via, não a atravesse, pois ela pode conter buracos e outros obstáculos encobertos pela água. Se não for possível atravessar, procure um local mais alto, desligue o carro e fique seguro. Nunca tente dar a partida se o veículo morrer dentro d’água, pois o motor pode aspirar água e ser danificado.” Conclui Herzog.

Fonte: IG CARROS