A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária, vinculada ao Ministério da Previdência Social, deflagrou na manhã desta quarta-feira a segunda fase da operação Treda, com objetivo de aprofundar investigação e coletar elementos de prova adicionais sobre a suspeita de participação de servidora do INSS na prática de atos de corrupção, consistentes no fornecimento de dados de segurados e senhas de acesso ao MEU INSS, mediante o recebimento indevido de vantagem pecuniária, a dois estelionatários.
Tais informações permitiam a esses criminosos praticarem fraudes bancárias diversas, principalmente a obtenção fraudulenta de empréstimos consignados em nomes de segurados do INSS, titulares de benefícios ativos.
Alguns atos de corrupção que teriam sido praticados pela servidora foram identificados no decorrer de investigação anterior sobre um estelionato praticado na cidade de Regente Feijó/SP, circunscrição da Delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente/SP, em detrimento da a Caixa Econômica Federal.
Já a identidade da servidora e mais fatos criminosos foram descobertos a partir dos dados coletados na primeira fase dessa investigação, deflagrada em agosto de 2022, oportunidade em que foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência de um dos estelionatários.
Até o momento, os indícios dão conta de que a servidora em questão, ao menos desde 2020, recebe vantagem indevida dos estelionatários identificados para o fornecimento dos dados que deveriam ser por ela protegidos, o que deu ensejo à determinação pela Justiça Federal do afastamento da servidora do exercício de sua função pública, como medida alternativa à decretação de sua prisão preventiva.