Marília

Mapa da Riqueza põe Marília em 81º no país e mostra desigualdade social

Mapa da Riqueza põe Marília em 81º no país e mostra desigualdade social

Marília é a 81’º cidade do país em um ranking produzido pelo Mapa da Riqueza, calculado pela FGV Social, Centro de Estudos de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. A classificação entre as cem maiores mostra geração de recursos na cidade mas é acompanhada por diferenças sociais grandes.

O Mapa mostra que a cidade tem 21,8% de moradores declarantes de Imposto de Renda. E mais: a renda média desses moradores é de R$ 8.429,01. A renda média da população em geral cai para R$ 1.839.

A diferença é grande também na comparação de patrimônio. O índice para hipotética divisão de patrimônio por todos os moradores seria de R$ 71,9 mil. Já entre os declarantes de imposto de renda, esse média sobre a R$ 339,8 mil.

Em comparação com centros regionais próximos, a cidade tem classificação menor que Bauru (64ª), Araçatuba (53ª, Presidente Prudente (50ª) e São José do Rio Preto (35ª).

Os números da renda aparecem mais altos nestes municípios, mas a desigualdade segue grande. Bauru tem renda média da população em R$ 1.994 e a renda média dos declarantes de imposto vai a R$ 8.578.

Erm Prudente a renda média geral fica em R$ 2.109 e a dos declarantes chega a R$ 9.664. Araçatuba tem R$ 2.082 em renda média geral e R$ 9.896 entre declarantes. E Rio Preto atinge R$ 2.276 de renda média dos moradores e R$ 9.318 de renda dos declarantes

“A desigualdade de renda no Brasil é maior que o imaginado. Essa é a principal conclusão unindo a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad”, diz o texto de divulgação do estudo.

O Mapa aponta ainda que “se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia”.

O estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. “Esta análise é útil para desenho de reformas nas políticas de  impostos sobre a renda e sobre o patrimônio.”

O documento diz ainda que os dados do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) gerados pela  Receita Federal do Brasil (RFB) permitem captar a renda dos mais ricos brasileiros, que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade. 

“Assim, podemos pensar os critérios  para declaração do imposto de renda como uma linha de riqueza que  permite identificar os residentes no país com maior poder de compra.”