A defesa de Luís Paulo Machado de Almeida, acusado de provocar a morte da estudante Catarina Mercadante na rodovia SP-333, em Echaporã, apresentou em contestação pedido para rejeição da denúncia e falha na acusação de homicídio com dolo eventual. Não colou.
O juiz Adugar Quirino do Nascimento Souza Júnior, da primeira Vara Criminal de Assis, onde o caso tramita, rejeitou o pedido e marcou audiência para o dia 17 de maio, quando devem ser ouvidas testemunhas de instrução do processo.
“A bem da verdade, a alegação de que os fatos não ocorreram do modo como descrito na inicial é questão atinente ao mérito, que depende de aprofundado do exame de provas. Deste modo, durante o curso da instrução criminal, preservada a ampla defesa e o contraditório, haverá toda a garantia para aferição das questões assacadas pelas partes, razão pela qual, por ora, não há o que se alterar”, disse o juiz.
Luís Paulo foi acusado de dolo eventual, quando a conduta assume risco de morte como consequência da infração, depois de ser filmado trafegando na contramão e em velocidade superior à permitida para ultrapassar vários carros em trecho em obras.
A picape que ele dirigia atingiu o Polo em que Catarina viajava entre Assis, onde vive sua família, e Marília, onde ela cursava o quarto ano de medicina. A estudante faleceu no local.
A audiência foi marcada para às 14h do dia 17 de maio e será feita de modo virtual, sem deslocamento de evolvidos. Luís Paulo mora em Guará, a 420km de Assis.
Ele entregou a CNH À Justiça e está impedido de dirigir e deixar a comarca em que vive sem comunicar à Justiça.