Mulher

Filho preferido? Veja os danos que declarações como essa podem causar

Reprodução/Instagram Leonardo confessa preferência entre os seis filhos: ‘Amor é convivência’
Reprodução/Instagram Leonardo confessa preferência entre os seis filhos: ‘Amor é convivência’
 

O cantor Leonardo falou sobre a convivência com seus seis filhos, de diferentes relacionamentos, e acabou confessando que existe preferência entre eles. O cantor, que é pai de Isabella, Jéssica, Pedro, Zé Felipe, Matheus e João Guilherme, afirmou que amor é convivência. “Tem filho que você convive, e dizem que o amor é convivência, então tem sim”, declarou à coluna de Leo Dias, do Metrópoles, durante evento de aniversário do Villa Country, em São Paulo, sem citar nomes.

Esse tipo de postura vinda de um pai pode gerar danos emocionais aos filhos envolvidos. É o que alerta o psicólogo Alexander Bez. “Certas afirmações e colocações podem ter desfechos psicológicos extremamente complicados e negativamente estratosféricos. Psiquicamente explicando, nenhum pai pode explicar a preferência por um filho. No entanto, essa preferência em milhões de casos procede e é real. Sendo as suas origens, determinadas por várias questões pessoais, mas o correto seria não externá-las para que assim não tenha uma avalanche de sentimentos desencadeados e consequentemente formando uma série de manifestações psiconeuróticas”, explica o terapeuta.

Segundo Bez, essa ação de decretar publicamente a preferência por um dos filhos chama-se “Favoritismo Emocional”. “O favoritismo emocional também não significa que você não goste de seus outros filhos, mas sim que goste 101% daquele e 100% dos outros, só que essa porcentagem de 1% não deve ser declarada e sim guardada e silenciada.”

O Favoritismo Emocional pode sim provocar angústias profundas, conflitos pessoais, desavenças com o filho preferido, transtornos mentais severos, ansiedade profunda, transtornos alimentares e depressivos. “Ele precisa ser explicado aos outros filhos o porquê da preferência afirmada e não que ela signifique que há também amor pelos outros filhos para diminuir as manifestações psicológicas e mentais provocadas pelo favoritismo”, explica o psicólogo.

Ciúmes, inveja, raiva e profundo ressentimento são as manifestações sentimentais as quais o “Favoritismo Emocional” também desencadeia. “Podendo fazer com esses outros filhos da pessoa (pai ou mãe) possam ter problemas de confiança e de relacionamento no futuro. Outra manifestação severa será o desempenho escolar, como a própria questão de qualquer crítica que pode ter no futuro, onde essa terá um peso considerável.”

Fonte: Mulher