Famílias e comerciantes que participam do Projeto Estação com ocupação de áreas anexas e sobre a ferrovia no centro de Marília foram á Câmara da cidade na noite da segunda em busca de apoio político para resistir uma ação de reintegração de pessoa e despejo do local.
Uma assembleia dos ocupantes rejeitou proposta de acordo para saída até dia 1 de fevereiro de 2024 apresentada em audiência de conciliação na Justiça Federal de Marília.
As famílias argumentam que a ocupação tem impacto social importante, a ferrovia está abandonada e sem projeção de ocupação tanto pela Rumo Logística, que detém a concessão de exploração da área, quanto da prefeitura, que planeja implantar um parque linear.
Os ocupantes também levaram demandas para que seja definido um projeto de ocupação com alternativas de ajustes para manutenção no local ou definição de outra área da região central para o projeto.
O encontro na Câmara rendeu a formação de uma comissão de vereadores que atendeu um grupo de manifestantes e recebeu pedido para agendar um encontro com o prefeito Daniel Alonso.
A comissão é formada pelos vereadores Marcos Custódio, Júnior Moraes e Marcos Rezende, todos da base governista na Câmara.
“Pediram para montarmos uma frente de representante e nós montamos, eu e mais sete pessoas, e vamos aguardar nos comunicarem. Também convidamos para que venham aqui na sexta-feira tomar um café e conhecer o projeto”, disse o coordenador do projeto, Ademar Aparecido de Jesus, o Dema.
Dema afirmou que o grupo espera um “olhar mais humano, sensível” da administração com as famílias do local – indica pelo menos cem envolvidas -. Afirmou ainda que é um caso de respeito aos moradores, como cidadãos, discutir alternativa para a situação.
O grupo argumenta que além do abandono da ferrovia, há diversos pontos de interdição e uso até por particulares com interesse comercial e que não são alvos da pressão para desocupação.