No Brasil, 713 mil mulheres vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em suas residências e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. É o que diz o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil”, realizado pelo UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas, agência de desenvolvimento internacional da ONU, que trata de questões populacionais, e o UNICEF.
Desde 2014, o dia 28 de maio, que neste ano, cai neste domingo, é dedicado mundialmente à sensibilização e conscientização para a Gestão e Higiene Menstrual. Esta data foi criada com o objetivo de promover a educação menstrual para toda a sociedade e mostrar a importância de atitudes positivas relacionada à menstruação.
Em pesquisa realizada em 2022, a Essity, líder global em higiene e saúde, entrevistou mais de 15 mil pessoas em 15 países, entre eles, o Brasil, para entender melhor sobre o comportamento dos consumidores e suas visões sobre alguns temas desses setores. Nela, constatou-se que, entre os brasileiros, quase 1 em cada 4 pessoas declararam ter perdido um dia de escola ou trabalho por conta de seu ciclo menstrual. Isso significa que 24% dos entrevistados faltam nesses compromissos, deixando o Brasil em primeiro neste ranking, à frente de países mais populosos, como China (21%) e Índia (17%).
Além disso, 16% dos brasileiros evitam falar sobre o tema da menstruação, percentual que fica atrás apenas dos indianos (19%) e dos norte-americanos (17%).
“Desenvolvemos pesquisas frequentes para estarmos sempre atentos ao que pensam nossos consumidores sobre saúde e bem-estar. E, frequentemente, nos deparamos com dados que nos assustam no que diz respeito a temas ainda considerados tabus, como a menstruação”, afirma André Aguiar, Diretor Comercial de Bens de Consumo da Essity Brasil.
Fonte: Mulher