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Psicóloga explica como identificar uma agressão verbal

Psicóloga explica como identificar uma agressão verbal
 

Chantagens, xingamentos, ameaças, agressões verbais e manipulações. Essas são algumas das violências camufladas dentro de um relacionamento tóxico. Uma realidade que fez parte da vida de 18,6 milhões de mulheres brasileiras (28,9%) nos últimos 12 meses, segundo uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha.

O percentual sugere que 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente, por minuto no país, em 2022. Diante da proximidade com o Dia dos Namorados (12/06), data onde as relações estão em voga, a psicóloga mestre em psicologia e saúde Ana Streit relata que a melhor maneira para combater essa realidade é a informação.

“Saber identificar desde o começo qualquer tipo de atitude verbal ou não verbal que seja passivo-agressiva ou violenta é essencial para se preservar de relacionamentos abusivos e agressões”, explica a especialista.

Ainda segunda a pesquisa, 23,1% das mulheres entrevistadas nesse levantamento sofreram ofensas verbais: perseguição (13,5% – 8,7 milhões), ameaças (12,4% – 7,9 milhões) e agressão física, como chutes, socos e empurrões, por exemplo (11,6% – 7,4 milhões ou 14 por minuto) estão no topo do ranking. Para a psicóloga, que também é especializada em Terapia Cognitivo Comportamental, é possível identificar se um relacionamento é tóxico através da violência verbal e de comportamentos passivo-agressivos.

“É muito importante perceber os primeiros sinais. Eles podem ser sutis no começo como: induzir culpa no outro, fazer ameaças e chantagens emocionais. Mas, esses comportamentos geralmente se intensificam ao longo do tempo, se tornando xingamentos, manipulações, arremessos de objetos, gritos, atitudes de controle e coerção, socos na parede e outros”, alerta a profissional.

Personalidades da mídia já assumiram ter sido vítimas de um relacionamento tóxico. É o caso de Bruna Griphao, Xuxa Meneghel, Deborah Secco, Mariana Rios, Luiza Brunet, Luana Piovani, Cleo Pires, Mayra Cardi e outras. Mas para a psicóloga Ana Streit, com técnicas de fortalecimento pessoal, terapia e a ajuda psicológica e psiquiátrica, é possível superar um relacionamento abusivo.

Para a psicóloga Ana Streit, com estratégias de fortalecimento pessoal, terapia e a ajuda psicológica e psiquiátrica, é possível superar um relacionamento abusivo. “Essa pesquisa corresponde apenas a um recorte de uma realidade latente no Brasil, afinal, muitas mulheres não chega a denunciar o parceiro. Em primeiro lugar, elas recorrem à família, seguida pelos amigos. A ida em uma delegacia aparece apenas em terceira opção na pesquisa da do Datafolha, por isso é importante que o público feminino, principalmente, tenha conhecimento do que é considerado uma relação abusiva e saiba como se proteger”, ressalta Ana. Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher, basta entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher, através do número 180, que presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Fonte: Mulher