O peeling é um procedimento que promove uma remoção da camada mais superficial da pele, fazendo com que ela se reestruture e se renove, além de estimular a produção de colágeno, que dá firmeza à pele. O tratamento possui diversas funções, além de renovar a pele, como melhorar a textura, desobstruir os poros, melhorar manchas, melasma, acne, estrias e envelhecimento.
Existem, basicamente, dois tipos de peelings: os físicos e os químicos. “Os peelings físicos podem ser feitos através de cristal, diamante, ultrassom ou microdermabrasão, são mais superficiais, com efeito de esfoliação que favorece a renovação da pele, são mais indicados para tratamentos de cravos no rosto e estrias”, esclarece a médica Fernanda Nichelle, especializada em tratamentos estéticos.
Peeling de Diamante
O peeling de diamante tem como objetivo melhorar o viço e a textura da derme. Funciona como uma microdermoabrasão, produzindo uma esfoliação física mais profunda e, assim, removendo as células mortas mais superficiais.
Como resultado, a pele fica mais viçosa, a textura mais bonita e macia. Por ser um procedimento simples, é indicado para qualquer pessoa, incluindo gestantes, no entanto, se houver alguma lesão ou acne ativa é importante tratar esse quadro primeiro.
Peeling Ultrassônico
O peeling ultrassônico utiliza um sistema de microvibrações ultrassônicas para eliminar as camadas mais superficiais de pele e, assim, renovar o tecido cutâneo, promovendo uma melhora na aparência, elasticidade e luminosidade da derme. Parecido como uma espátula que vibra sobre a pele úmida, ele não gera dor ou traumas, nem descamação.
Esse tipo de tratamento é seguro, pode ser realizado em qualquer área do corpo e em todos os tipos de pele. Como resultado, a pele ficará mais clara e uniforme, cicatrizes e rugas são minimizadas, os poros ficam menores e a pele fica menos oleosa, melhorando acne.
Após a realização do procedimento, a pele pode apresentar leve vermelhidão, que logo desaparece, mas recomendamos evitar qualquer tipo de maquiagem e não entrar na piscina nas primeiras 12 horas, além de usar filtro solar.
Ele não é indicado para gestantes e lactantes, pessoas portadoras de marca-passo, próteses metálicas ou com pele sensível, doenças pustulosas e agudas na pele, como a acne, doenças cardiovasculares, sinusite aguda e cálculo renal.
Peeling de Cristal
O peeling de cristal é muito utilizado para tratar cicatrizes de acne, rugas finas e manchas, sem utilizar ativos químicos que podem irritar a pele. Ele é realizado com um aparelho que contém cristais de hidróxido de alumínio, promovendo uma sucção da pele. Esse peeling vai remover a camada mias superficial, eliminando a sujeira e a oleosidade.
O tratamento adequado e a intensidade necessária serão avaliados pelo profissional, mas desde a primeira sessão já é possível ver os resultados. A pele terá uma textura melhor, além de mais firmeza, visto que os cristais de alumínio ajudam a pele a produzir mais colágeno, melhorando a firmeza e elasticidade da derme, além de eliminar rugas e linhas de expressão, diminuir os poros dilatados e remoções de manchas. Ele não é indicado para pessoas com muita acne ou herpes, e com liberação do médico no caso de grávidas.
Peelings químicos
Os peelings químicos variam de acordo com o objetivo do tratamento, podendo ser superficiais, médios e profundos. “É comum o uso de um único ácido ou de um blend de ácidos para esfoliar a camada mais exterior da pele e até mesmo atingir camadas mais profundas”, explica a médica.
Alguns dos ativos usados podem ser o ácido retinóico, mandélico, ácido salicílico, tricloroacético, ácido glicólico e o fenol. Cada um possui uma função, podendo ser mais leve ou profundo e a escolha do tratamento vai depender do tipo de pele ou objetivo do tratamento.
Peeling de Fenol
O Peeling de Fenol, um dos mais famosos, se trata de uma abrasão profunda da pele, usando ativos como o fenol e o óleo de cróton. Ele se diferencia dos demais peelings por ser mais profundo, atingindo a derme reticular, e é mais agressivo. Como resultado, a pele terá um rejuvenescimento e melhora de rugas finas.
É importante uma avaliação médica completa para determinar esse tratamento, visto que os riscos vão desde manchas e cicatrizes, até problemas cardiológicos, no fígado ou rins. Geralmente há um preparo da derme com uso de ácidos um mês antes e o procedimento só pode ser realizado no centro cirúrgico com acompanhamento de um médico anestesiologista.
Dentre uma semana a quinze dias haverá a troca de pele, onde cria-se uma casca no rosto e, após isso, a pele poderá apresentar eritema, que é uma vermelhidão, por até três meses pós-procedimento.
Existem alguns cuidados necessários após a realização desse tipo de peeling como a aplicação de uma pomada e medicação específica, evitar a exposição solar e cuidar da higienização, dependendo da região feita e como foi conduzido, o médico poderá dar orientações mais específicas.
Em torno de 90 dias após o procedimento, a pele já apresentará resultados significativos, mesmo que em alguns casos ainda apresente vermelhidão. Existem contraindicações em casos de pacientes que tenham problemas no fígado, rins, ou coração, doenças crônicas, gestantes e pessoas com fototipos alto – pelo alto risco de manchar a pele.
Peeling de Ácido Glicólico
O peeling de ácido glicólico é usado, principalmente, para o tratamento da acne e manchas solares. É um ácido muito natural e utilizado para o rejuvenescimento. Apesar de ser um pouco mais forte e agressivo, ainda é considerado um tratamento superficial.
É realizado a higienização da pele e o produto é aplicado, o paciente pode sentir um leve desconforto no momento de aplicação, além de ardência por conta do ácido, nesse caso, é feito a neutralização com bicarbonato de sódio, o ácido é retirado do rosto, finalizando com uma máscara.
Os tratamentos podem ser feitos a cada 6 meses e as sessões serão definidas de acordo com o profissional. Não há contraindicações, exceto pacientes que tenham alergia, gestantes e lactantes. Um dos cuidados mais importantes é o uso do filtro solar e evitar exposição ao sol.
Fonte: Mulher