O avanço da idade não precisa ser o fim da vida sexual de homens ou mulheres, ainda que para elas a menopausa traga alterações drásticas ao organismo. Esse é um tema importante já que dados da Pirâmide Etária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população com mais de 50 anos no País cresceu acima de 11% nos últimos anos.
Mais do que isso, o levantamento mostra que a partir dos 60 a proporção de mulheres é superior à de homens, chegando a 78,8 homens para cada 100 mulheres. Já um estudo de 2018 publicado pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH) aponta que para 50% das mulheres os efeitos mais severos do climatério causam disfunção sexual.
Diante disso, a médica dermatologista Paula Azevedo reforça a necessidade de se falar sobre os recursos disponíveis para ajudar o público feminino a recuperar a qualidade da vida sexual, especialmente diante do fato de termos uma expectativa de vida cada vez maior e um início de vida adulta cada vez mais atarefado. “Ao mesmo tempo que ganhamos em longevidade, também adiamos os prazeres da vida em função dos estudos e da carreira. Porém, o relógio não para e a idade tem um impacto importante no corpo da mulher. As alterações causadas pela menopausa podem afetar a lubrificação vaginal e até contribuir para dores durante o sexo. Mas se engana quem ainda acredita que essas mudanças não podem ser revertidas com o tratamento adequado”, ressalta.
Dermatologia e rejuvenescimento íntimo
Como frisa a médica, embora tenham mais familiaridade com tratamentos estéticos para cuidados com o rosto, grande parte do público feminino ainda desconhece as opções de tratamento ou mesmo que a dermatologia é também a especialidade responsável por ajudar a recuperar tanto a aparência quanto o conforto íntimo. “As mulheres não sabem que podem recorrer ao dermatologista para lidar com esses problemas, aceitam a insatisfação e a baixa autoestima em silêncio. Também por isso, ficam muito interessadas quando trazemos o assunto para o consultório”, revela.
Já do lado masculino, a literatura médica mostra que não existe um paralelo. Embora o envelhecimento masculino possa proporcionar uma diminuição gradativa na libido e na performance sexual, são as mulheres que realmente sofrem com o impacto das alterações hormonais. “Alguns homens podem sofrer com disfunção erétil, mas isso não está tão diretamente ligado à idade do organismo como acontece com as mulheres. Mais do que isso, a solução para a mulher não está em um comprimido, mas é importante ficar claro que existem várias tecnologias que podem recuperar a qualidade da vida sexual feminina”, pontua.
Muitos problemas, várias soluções
Como mencionado, as alterações causadas pelo avanço da idade na mulher podem causar desde o escape de urina – também conhecido como incontinência urinária -, redução da libido, escurecimento da região genital, ressecamento vaginal e até dores durante a penetração, chamada de dispareunia. Seja por um ou pela combinação de fatores, esses problemas causam constrangimento e prejudicam a vida sexual das mulheres. Contudo, mesmo sendo decorrentes do envelhecimento natural do organismo, eles não precisam ser tratados como inevitáveis e podem ser minimizados ou até eliminados com o tratamento adequado.
Dentre as várias técnicas disponíveis para tratamento da região íntima está o uso do Fotona 5D, uma tecnologia que aplica laseres para rejuvenescer e melhorar a aparência da pele. Com ele é possível fazer desde tratamentos para a parte externa até procedimentos que devolvem qualidade de vida e sexual atuando na parte interna.
“Com a tecnologia disponível, podemos lidar com o envelhecimento e flacidez da pele ou mesma alteração da coloração da região. Mas podemos ir além da estética íntima e ajudar também a combater o ressecamento oriundo da menopausa, escapes de urina comuns no enfraquecimento do assoalho pélvico conhecidos como incontinência urinária ou a melhora do tônus vaginal e redução de dores nas relações sexuais”, completa a médica.
Porém, o laser do Fotona 5D é apenas uma das opções de abordagem. Por isso, a médica Paula Azevedo reforça importância de se combater o tabu que ainda cerca o tema e recomenda que a mulher que sente algum tipo de insatisfação com seu órgão genital e região íntima procure a ajuda de uma dermatologista. “É fundamental que essa mulher fale com um especialista sobre o assunto, pois existem tratamentos com laseres, radiofrequência e bioestimuladores de colágeno que podem ajudar muito no tratamento da região e na devolução da autoestima”, finaliza.
Fonte: Mulher