A ditadura do liso parece estar com os dias contados! Hoje, cada vez mais mulheres se sentem encorajadas a assumir o cabelo natural. Entre uma progressiva e outra, muitas se veem num dilema para identificar qual é a curvatura do próprio cabelo e quais os cuidados necessários com os fios virgens.
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Acontece que nem todo cabelo é igual e, por isso, conhecer a estrutura da fibra capilar já é meio caminho andado para saber quais produtos e tratamentos são mais indicados para o seu caso. Quando falamos de cabelos ondulados, por exemplo, dividimos as curvaturas em três tipos, chamados de 2A, 2B e 2C.
Vale mencionar, no entanto, que essa nomenclatura não é uma regra, já que uma mesma pessoa pode ter diferentes tipos de curvatura dos fios — ainda mais em um país tão diversificado quanto o Brasil. Os cabelos ondulados, por serem mais próximos dos cabelos lisos, podem ser alisados com mais facilidade.
Mas isso não quer dizer que é possível voltar às madeixas naturais de forma orgânica. “Depois de alisado, o cabelo não tem como voltar ao natural. O cabelo é um tecido morto, então qualquer dano na fibra capilar é permanente, só sai com tesoura. A fibra capilar não se regenera”, explica o hairstylist Dennis Sloboda, especialista em mechas e sucesso no TikTok.
O alisamento é um dos procedimentos mais agressivos junto com a coloração, já que altera a curvatura do cabelo. “O dano já acontece com a reação química dos produtos e, depois, essa reação ainda precisa ser efetivada com ferramentas térmicas, como secador e prancha. Então, depois de fazer o alisamento, a pessoa ainda precisa ficar fazendo escova, chapinha, e isso causa ainda mais danos aos fios que já estão danificados”, completa ele.
O processo de transição capilar varia de pessoa para pessoa, de acordo com o comprimento desejado. No geral, os fios crescem cerca de 1 cm a 1,5 cm por mês, ou seja, em um ano, serão entre 12 cm e 15 cm de cabelo novo. Para quem passa pela transição, o especialista deixa uma dica de ouro:
“Eu sempre falo para tomar mais cuidado com o cabelo que está nascendo do que com o cabelo que já está alisado. A orientação é seguir a rotina normal de cuidados: shampoo, condicionador, creme e finalizador, e o que eu sempre indico é: em vez de alisar a parte que está nascendo para ‘encaixar’ com a que passou pelo alisamento, texturize a parte alisada”.
É possível fazer ondas utilizando fitas de roupão ou então deixando as madeixas trançadas durante a noite. O ideal é evitar usar fontes de calor — caso do secador, da prancha e do próprio babyliss — , que podem danificar os fios. Outra sugestão é aderir ao chamado “big chop” (“grande corte”, em tradução livre), que nada mais é do que cortar de uma só vez toda a parte que contém química.
“O importante mesmo é não alisar esse cabelo, e eu não falo só de produtos químicos, mas também das fontes de calor. Elas podem trazer um alisamento térmico, e você terá que passar por uma nova transição”, alerta Sloboda.
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Fonte: Mulher