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Você bebe menos água em dias frios? Nutricionista alerta os perigos

Divulgação Você bebe menos água em dias frios?
Divulgação Você bebe menos água em dias frios?


O consumo de água para muitas pessoas é um desafio, e durante o inverno é comum também a redução deste líquido. Mas afinal, por que as pessoas se hidratam menos no frio?

De acordo com Karoline Honorato, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, existem diversos fatores que levam as pessoas a beberem menos água no frio, como a sensação de sede reduzida devido ao corpo diminuir a produção de suor, seja pelo clima ameno ou pela queda da prática de atividade física, além da menor percepção da desidratação. Tais fatores, isoladamente ou em conjunto, refletem consideravelmente na quantidade de hidratação de grande parte da população.

Apesar do cenário desafiador de consumo de água no frio, a professora de Nutrição destaca que a água é indispensável para a manutenção da vida. “A quantidade de água existente no corpo dos seres humanos equivale a 75% do peso na infância e a mais da metade na idade adulta. Portanto, assim como a alimentação, a quantidade de água que precisamos ingerir por dia é oscilante e depende de vários fatores, tais como o clima e a temperatura do ambiente onde se vive”.

Karoline explica que o balanço diário de água é conduzido por sofisticados sensores localizados em nosso cérebro e nas demais partes do nosso corpo, e estes despertam sede e impulsionam as pessoas a ingerirem líquidos sempre que o consumo de água é insuficiente comparado com a quantidade de líquidos que é excretado pelo organismo. “A perda de água acontece pela urina, assim como também por meio da respiração da pele diante da quantidade de calor gerada pelo corpo. Já a liberação de líquidos via cutânea depende, especialmente, da quantidade de calor gerada no corpo. Logo, em climas amenos a sede é reduzida e, consequentemente, a ingestão de água é menor”, salienta a nutricionista.

Honorato aponta ainda que, o que muitos não imaginam é que não tomar água ou a redução do seu consumo gera impactos na saúde digestiva, respiratória, cardiovascular e renal. “As pessoas precisam ter em mente que a água desempenha papel fundamental na manutenção do volume plasmático, atua no controle da temperatura corporal, age no transporte de nutrientes e na eliminação de substâncias não utilizadas pelo organismo.”

Neste cenário, a professora ressalta que é importante se atentar quando sentir sede e satisfazer de pronto a necessidade de água que o organismo está indicando. Além disso, boca e pele seca, urina mais escura que o normal, fadiga e fraqueza, tontura, dor de cabeça, cãibras musculares e batimentos cardíacos acelerados são sinais de alerta para a desidratação, o que aponta que o consumo de água está insuficiente.

Para evitar impactos na saúde devido à falta de água, Karoline recomenda considerar o consumo de 1 mililitro para cada quilocaloria de energia gasta para adultos em condições moderadas de gasto energético e temperaturas ambientais não muito elevadas. “Por exemplo, para adultos que consomem 2.000 kcal diários, seriam necessários dois litros de água, distribuídos ao longo do dia. Contudo, as necessidades podem ser maiores em ambientes com altas temperaturas ou quando a umidade relativa do ar for baixa, situação comum em locais muito frios ou mesmo no inverno. Outro fator que influencia o aumento do consumo de água é a prática desportiva, pois eleva a produção de calor corporal e leva à perda de água pela produção de suor para regular a temperatura corporal”.

A professora finaliza, ressaltando que a hidratação também pode ser obtida por outras fontes como chás, sucos de frutas frescas ou polpa congelada sem a adição de açúcar. Outra forma de aumentar a composição de água no corpo é por meio de alimentos. “O peso das frutas e legumes costuma ser de pelo menos 80% de água, e da carne, até 50%, já açúcar e óleos não contêm. Logo, se um indivíduo consome frequentemente as porções recomendadas de frutas, legumes e verduras pode alcançar a hidratação adequada mais facilmente”.

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Fonte: Mulher