Marília

Riscos no CDHU – Defensoria quer vistoria após fogo; empresa pede medidas contra crimes em prédios

Riscos no CDHU – Defensoria quer vistoria após fogo; empresa pede medidas contra crimes em prédios

A arrastada discussão sobre a situação de riscos para moradores dos 880 apartamentos do Conjunto Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, na zona sul de Marília, ganhou novas manifestações da Defensoria Pública e da CDHU, responsável pela construção.

Os defensores levaram à Justiça um pedido de vistoria da Defesa Civil da cidade com relatório sobre eventual necessidade de interdição de um dos blocos onde houve incêndio em um apartamento, com morte de uma moradora. O risco por falta de condições de segurança é um dos principais alertas na ação que pede condenação da CDHU a reformar as unidades.

Já a CDHU pediu que a Vara da Fazenda Pública de Marília intime o Ministério Público a informar “providências adotadas em face dos eventuais responsáveis pelos fatos narrados” em relato de vandalismo e crimes no conjunto de prédios Paulo Lúcio Nogueira.

A medida é uma manifestação recente no processo em que a empresa já teve ordem – suspensa pelo Tribunal de Justiça – para promover reformas de segurança com interdição dos prédios.

O apontamento sobre os crimes e vandalismo no local é embasado no que seria o depoimento de uma moradora e que segundo a CDHU foi anexado ao processo pelo próprio Ministério Público.

A companhia reproduz textos grifados do que seria o depoimento. Destaca ponto com a informação de que “traficantes e os nóias que foram se juntando começaram a destruir o condomínio, virou uma bagunça, muita sujeira, lixo, vandalismo, quebraram tudo, mandam em tudo.”

O documento diz ainda que os “bandidos quebram portões, telhados, vão destruindo tudo”, que moradores são ameaçados e que há comentários sobre comando de facção criminosa no local.

A CDHU destacou também trecho com a acusação de que “não houve administração, nem organização. Os síndicos que entraram para isso só lesaram os moradores. Os condôminos pagavam, mas eles não faziam benfeitorias” e que “assim ficou no abandono”

Para a empresa, o depoimento mostra que não há responsabilidade da CDHU nas más condições dos prédios e blocos.

“Há indícios de que os danos em apreço tenham origem em condutas ilícitas que merecem imediata apuração e demais providências dos órgãos competentes”, diz o documento.