Marília

Crescem atendimentos de saúde por violência sexual em Marília

Crescem atendimentos de saúde por violência sexual em Marília

Um cadastro da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Marília mostra que serviços médicos da cidade atenderam 57 casos de lesões por violência sexual até julho deste ano.

O número é 40% maior que o de 2022 – eram 40 casos no mesmo período do ano passado – e o levantamento da Saúde mostra ainda que as crianças foram os maiores alvos, com 32 casos.

A estatística surpreende com o relato de dois casos com vítimas de até um ano de idade, 17 registros para pacientes com um a quatro anos e 13 registros com crianças de 5 a 9 anos de idade.

A Saúde registra ainda 19 pacientes com idades entre dez e 19 anos e seis pacientes na faixa entre 20 e 49 anos de idade.

Os atendimentos mostram que foram nove pacientes do sexo masculino e 48 do sexo feminino. Os registros não envolvem detalhes sobre agressores ou perfil social das vítimas.

A divisão informou ao Giro Marília que quando os pacientes relatam violência sexual durante atendimento é feita uma notificação compulsória aos serviços de segurança pública.

“A notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal”, explica o órgão.

O número de atendimentos na saúde é maior que os registros de estupros em investigações da Polícia Civil na cidade, mas acompanham a tendência de vulneráveis como as maiores vítimas.

Os registros de violência sexual acompanham protocolo de cadastro de atendimentos por lesões, que consideram também casos de lesões gerais ´provocadas por outras pessoas e também de lesões pelo próprio paciente.