“É lastimável ver a cor da água. A cliente pagou para limpar a caixa, aí quando vai encher vê a situação da água da rua.”
O desabafo é de um prestador de serviços que divulgou em mensagens por telefone imagens da limpeza de duas caixas de água em uma residência na região do patronato, na zona leste de Marília.
“Dá dó de ver. Eu acabei de limpar a caixa de água. São duas na casa. Limpei a primeira, fui limpar a segunda, aí quando olhei a primeira já estava cheia com água dessa cor”, disse o profissional.
Desde o dia 10 moradores denunciam a situação com água de cor amarelada e mau cheiro em diversos bairros daquela região.
A prefeitura anunciou a suspensão de captação de água na represa Cascata – que além de baixo nível de água foi alvo de despejo irregular de esgoto – mas nega que o abastecimento use água fora dos padrões exigidos.
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Um morador consultado pelo Giro disse que a cor amarelada e um cheio diferente impedem o consumo da água. “Nem dá para saber se afetou gosto, porque ninguém arrisca tomar em casa”, explicou um morador.
Ele disse ter visto as explicações da prefeitura, mas afirmou que na dúvida todo o uso de consumo direto e produção de alimentos agora é feito com água mineral. “Acabei de pegar amostra em casa, está em um balde. Não mudou nmada. Amarelo, escura, para mim tem cheiro”, disse.
A crise da cor da água em Marília aparece após série de panes e queixas sobre abastecimento e em meio a uma polêmica tentativa de promover concessão dos serviços do Daem para a iniciativa privada. Uma licitação para concessão foi suspensa pela Justiça e ainda é alvo de discussão no Tribunal de contas.
