Nesta semana, um assunto ganhou força na imprensa: a suposta traição do MC Cabelinho. A atriz Bella Campos anunciou o término com o funkeiro em seu instagram nesta segunda-feira à noite. As especulações sobre o fim do relacionamento começaram no último domingo (27) quando boatos circularam dizendo que o o MC havia encontrado sua ex- affair, Duda Mehdef.
O burburinho foi confirmado por Duda em suas redes sociais. Independente do que aconteceu entre os dois nesse encontro, a psicóloga mestre em psicologia e saúde, Ana Streit explica que há diferentes tipos de traição . “Além da conhecida traição sexual, existem muitas outras como: comprometimento condicional, que é “estar com a pessoa até que alguém melhor apareça”; um caso sem sexo, ou seja, estar envolvido emocionalmente com outra pessoa, e esconder essa relação do parceiro; manipulações, entre outras atitudes de egoísmo e injustiça, que denunciam a não reciprocidade na relação”, diz.
Cada tipo de traição irá machucar de formas mais ou menos intensas quem foi traído, e além disso, um aspecto que impacta também é a soma de traições. Ana explica que, ao manter um caso extra conjugal de anos, por exemplo, a pessoa precisa se envolver em uma série de mentiras para sustentar o caso e escondê-lo do parceiro. Essa complexidade aumenta o impacto e dificulta a reconstrução da confiança. O perdão pode acontecer, mas, não quer dizer que seja sinônimo da reconstrução da relação. Pode se perdoar uma traição, mas, optar por nunca mais dar ao outro o benefício da dúvida, afinal, se mostrou alguém não digno de confiança.
A psicóloga explica que existe também o estelionato emocional, que nada mais é do que uma forma de violência psicológica, composto de manipulação, de mentiras e da construção de um mundo de ilusão. “O impacto emocional dele é gigantesco, pois usa de aspectos saudáveis do outro, como a confiança, por exemplo, e distorce, fazendo com que a pessoa enganada fique machucada não só nesta relação, mas nas posteriores também. É o que chamamos de ferida de apego, uma ferida emocional complexa de ser tratada, mas que se relaciona diretamente à forma da pessoa se relacionar nas próximas experiências”, orienta Ana Streit, que é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental.
Ana ressalta que, historicamente, vemos que os homens traem mais, até mesmo em função do patriarcado e da diferença de gênero, que coloca o homem nessa posição de mais poder. Quanto maior o machismo, mais o homem terá crenças de que pode trair e a mulher, de que precisa aceitar ou tolerar esse tipo de comportamento. “Um dos motivos principais, levando este aspecto do estereótipo de gênero em conta, é o homem sentir-se que tem o direito de trair, afinal, é superior que a mulher, nessa análise contextual”, pontua.
O machismo está infiltrado na nossa sociedade em diferentes camadas, e isso influencia, de certa forma, os relacionamentos. A especialista em relações saudáveis diz que é importante não generalizarmos. “Precisamos abrir um espaço para refletir sobre o comprometimento nos relacionamentos e para a equidade de gêneros, onde empatia e reciprocidade falam mais alto do que nossas raízes machistas e patriarcais”, declara Ana.
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Fonte: Mulher