A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília recebeu na quarta-feira confirmação de turcolose como causa de óbito ocorrido em julho na cidade e intensificou nesta sexta- a orientação nas 52 unidades de saúde para divulgação de ionformações sobre sintomas.
A orientação inclui um alerta sobre o real perigo de morte que a tuberculose tratada tardiamente provoca. A doença já tem cura, mas somente se diagnosticada precocemente e iniciado tratamento ainda na fase preliminar da doença.
A confirmação laboratorial dos exames trata de óbito ocorrido em 27 de julho. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 71 anos, portador de doença respiratória crônica e imunossupressão, que iniciou tratamento já com internação no dia 6 de abril e faleceu no leito do hospital.
Até o dia 16 a cidade tinha seis óbitos confirmados em 43 diagnósticos da doença. Em 2022, Marília teve 76 casos de tuberculose, com nove mortes como causa direta e outros quatro pacientes com óbitos por outras complicações após diagnóstico.
A tuberculose é uma doença grave que tem cura quando buscam atendimento ainda no início. O tratamento é gratuito e oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Para entender os óbitos é necessário entender a complexidade destes pacientes, infelizmente muitos não buscam atendimento e são diagnosticados em nível hospitalar (fase agravada) quando já é difícil conseguir a cura”, declarou a responsável pela Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni.
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Segundo ela, todas as unidades de saúde já fazem busca ativa (ficam atentos aos sintomas característicos da tuberculose em todos que se consultam, independente se já sabem que estão com a doença), mas também a população precisa ajudar a identificar os casos suspeitos entre amigos e familiares, para que a ajuda chegue a tempo.
“Principalmente aqueles que apresentam alto grau de vulnerabilidade, como dependência química ou outras doenças infecto contagiosas. A população que apresentar qualquer sintoma como tosse por mais de três semanas, perda de peso, suor noturno ou febre noturna devem procurar a unidade de saúde mais próxima”, explicou.
As unidades estão preparadas para atender casos suspeitos e oferecer o exame de baciloscopia, que pode identificar se o paciente está ou não com tuberculose. De acordo com o Ministério da Saúde, apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública.
No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil são notificados 70 mil casos novos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da doença.
