Marília

Juiz nega liberdade a acusado de extorsão em apuração de morte em Marília

Juiz nega liberdade a acusado de extorsão em apuração de morte em Marília

O juiz Fabiano da Silva Moreno, da terceira Vara criminal de Marília, rejeitou um pedido apresentado pela defesa do empresário Carlos Eduardo dos Reis, o Dudu, para revogação de sua prisão. 

Ele é acusado de extorsão contra a família do Ralf Tadeu Gaspar, um dos denunciados pela execução de Walter Luiz Aparecido Marcondelli, em dezembro do ano passado.

Carlos Eduardo foi preso em 1º de setembro em operação da Polícia Civil quando receberia o primeiro pagamento em extorsão para alterar o processo sobre a execução.

A defesa do empresário apontou no pedido de libertação motivos como excesso de prazo para oferecimento da denúncia no caso, o que deve ser feito pelo Ministério Público, e citou algumas condições pessoais de Carlos Eduardo.

Citou condição de réu primário, endereço fixo e uma filha menor de idade que dependeria de sua atividade profissional

“Subsistem as razões que determinaram a decretação da prisão preventiva, em razão da necessidade de acautelamento da ordem pública, além da conveniência da instrução processual e da garantia de aplicação da lei penal”, disse o juiz no despacho que rejeitou o pedido. 

Fabiano Moreno disse ainda que “não consta nos autos prova de que seja o único responsável pelos cuidados da criança” e apontou que “não são suficientes quaisquer medidas cautelares diversas da prisão”. 

A EXTORSÃO

Dudu é acusado de tentar receber R$ 120 mil de Felipe Gaspar, filho de Ralf, para atuar com outro envolvidos, que teve nome oculto, na adulteração do rumo do processo de investigação da execução.

Reproduções de conversas de celular e o áudio de uma conversa pessoal – todos registrados em cartório – indicam que ele prometeu influência sobre o acusado de cometer a execução, Anderson Ricardo Lopes, que faria novo depoimento para ajudar Ralf.

Dudu envolveu a família de Anderson nas conversas, apontou dificuldades financeiras e contato direto com o atirador, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Álvaro de Carvalho, a mesma unidade em que Carlos Eduardo foi detido após o caso.