Marília

Justiça marca primeira audiência para caso de execução no bairro Fragata

Justiça marca primeira audiência para caso de execução no bairro Fragata

A 2ª Vara Criminal de Marília marcou para o dia 13 de novembro a primeira audiência de instrução do processo que apura circunstâncias e responsabilidades pela execução do empresário Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior, morto a tiros na rua Reinaldo Machado, no bairro Fragata, em dezembro do ano passado.

A decisão está em um longo despacho que decide diferentes medidas de encaminhamento do caso e respostas a manifestações.

Na principal delas, Ralf Tadeu Inforzato Garcia, acusado de ser o mandante de uma agressão que terminou na execução de Marcondelli, pediu o afastamento do advogado nomeado como assistente da mãe do empresário morto.

Ele justificou o fato pela atuação do advogado em ações de execução movidas contra o espólio de Marcondelli.

“A genitora da vítima está ciente de que o advogado por ela constituído está representando alguns credores do Espólio de seu filho e, por ser amigo de longa data da família e profissional experiente, deseja que ele continue a representá-la nestes autos”, disse a decisão que rejeitou o afastamento.

O despacho também regularizou a lista de testemunhas, a proteção a dados de Ralf Gaspar e pediu documentos à polícia. E rejeitou o pedido de absolvição sumária para um dos autores que está no caso de forma protegida e como colaborador da Justiça.

A audiência do dia 13 será realizada de forma virtual, o que impede um encontro inusitado de todos os envolvidos no caso.

O CASO

Walter Marcondelli Júnior foi morto quando chegava para trabalhar em sua empresa de compra e venda de veículos no Bairro Fragata, na manhã de 7 de dezembro de 2022.

Um homem em uma moto se aproximou enquanto ele caminhava e iniciou os disparos. Marcondelli tentou fugir, mas o homem deixou a moto e deu cinco tiros, o último com a vítima já caída.

Montou na moto e teve problemas com o veículo, deixou a arma cair e fugir. Já em 2023 a polícia identificou Anderson Ricardo Lopes como o atirador. Em maio ele foi preso em Maringá e confessou o crime.

A investigação identificou ainda o autor protegido, que denunciou Ralf Gaspar, preso em julho deste ano mas libertado meses depois em meio a uma tentativa de extorsão contra seu filho com promessa de mudança nos rumos do processo.