Marília

Reunião de trabalhadores vai discutir atrasos, greve e rescisão indireta na Sasazaki

Irton Siqueira Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Marília – reprodução
Irton Siqueira Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Marília – reprodução

O Sindicato dos Metalúrgicos de Marília e região convocou todos os trabalhadores da Indústria Sasazaki para uma reunião nesta sexta-feira destinada a discutir e esclarecer temas como os atrasos em salários, propostas de greve e rescisão indireta dos contratos.

O encontro será realizado às 8h, no salão de festas do Clube de Campo do sindicato, ao lado do núcleo Marina Moretti, na zona norte.

Terá participação do departamento jurídico com orientações sobre a situação na empresa, os efeitos e as avaliações para cada uma das propostas de reação.

Apesar de a greve ser um dos temas no debate, a direção do sindicato já adiantou uma análise de que será uma medida com pouco efeito.

“Fazer uma greve numa empresa que está parada, não está produzindo, não vai surtir efeito”, disse o presidente da entidade, Irton Siqueira Torres, em um vídeo divulgado em redes sociais.

Uma alternativa seriam ações judiciais para rescisão indireta. Os trabalhadores vão à Justiça trabalhista, mostram que o contrato não é cumprido e pedem a rescisão.

Neste caso teriam quase todos os direitos previstos como se fossem demitidos, incluindo os 40% do FGTS. A rescisão indireta só não inclui o aviso prévio.

Irton disse no vídeo que há alguns meses a empresa vinha pagando com atraso e que, quando a empresa deixou de pagar o salário de outubro na data correta, o sindicato encaminhou uma notificação de prazo para pagamento com previsão de greve.

Afirmou também que pediu à direção da empresa uma conversa direta com os trabalhadores e que as manifestações dos representantes da diretoria já não tinham mais crédito.

“No dia 17 a empresa atendeu, fez uma conversa mas colocou bem claro que daria 15 dias para aparecer. Vai vencer dia 20 o vale já, está acumulando. Então quer dizer que não resolveu nada.”

O melhor caminho, o pessoal que quiser toalha temos que entrar com ação judicial na Justiça do Trabalho, uma justa causa à empresa ou rescisão indireta.

Em vez de pedir a conta entrar com ação na Justiça. A diferença é que na rescisão indireta o funcionário só não vai ter direito ao aviso prévio. Na ação ele comunica à Justiça que o contrato foi rescindido.

Após a reunião do dia 17, a Sasazaki distribuiu uma nota por sua assessoria de imprensa com poucas informações sobre o caso e sem previsão de data de pagamentos. Veja abaixo

Em 2023, o mercado da Construção Civil tem crescido de maneira lenta e com desaceleração em várias etapas da cadeia produtiva. Diante deste cenário, o Grupo Sasazaki deu continuidade a estruturações importantes visando sua sustentabilidade.

Ao longo dos 80 anos de história a empresa se firmou como uma das líderes do segmento de portas e janelas de aço e alumínio no Brasil e sempre pautou suas comunicações com transparência em respeito aos colaboradores, parceiros e consumidores.

Atualmente a empresa se encontra com atraso no cumprimento do compromisso financeiro com os funcionários e marcou uma reunião da diretoria com os colaboradores para alinhamento dos cenários e ações, o que aconteceu hoje às 14 horas.

A política de transparência nas comunicações com os colaboradores faz parte da cultura da Sasazaki e tem acompanhado todas as ações da empresa ao longo de seus anos de história”.