Marília

Marília adere a pacto do MP para unir cidades em combate ao racismo

Marília adere a pacto do MP para unir cidades em combate ao racismo

Marília é uma das 63 cidades na lista dos municípios que aderiram ao Pacto Coletivo por Cidades antirracistas, uma iniciativa do Ministério Público do Estado que foi oficialmente lançada na terça-feira.

A iniciativa, que nasceu no âmbito do Plano Geral de Atuação – Projeto Estratégico MP Social, fomenta a criação, pelos Poderes Executivos locais, de estruturas voltadas a combater o racismo.

Inclui criação de órgão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Conselho de Promoção da Igualdade Racial e Plano de Promoção da Igualdade Racial. O objetivo é concretizar o estabelecido pelo Estatuto da Igualdade Racial.

Quintana Bauru, Araçatuba e Jaú são algumas das outras cidades inseridas no Pacto. O convênio é assinado pelas prefeituras. O Conselho da Igualdade de Marília não foi incluído na comitiva de Marília para o evento.

“Marília já atua e vai atuar de forma mais incisiva contra o racismo. Resgatamos o Conselho de Promoção e Igualdade, estamos em trâmite com a criação de um fundo para esse conselho. Temos o disk-100 para atendimento a denúncias e encaminha e faz dentro do Centro de Referência da Mulher rodas de conversa com mulheres, que são principais vítimas”, explica a secretária de Direitos Humanos, Wania Lombardi.

Ela informou que a cidade tem ainda grupo humanitário de integração de imigrantes, encaminhamento atendimentos necessários, ações de inclusão, convênio com a Unesp para ensinar língua portuguesa, entre outras ações.

“Não basta apenas declarar que somos iguais perante a lei. É dever do Estado e de cada um de nós fazer com que a igualdade se consagre, com a equiparação de oportunidades”, afirmou Mario Sarrubbo, procurador-geral de Justiça, no lançamento do pacto.

O lançamento contou com apresentação da Congada Mineira de Itapira, grupo com origem que remonta às festas em louvor a santos da devoção católica, mas com formas expressas na religiosidade africana.

A vice-corregedora-geral do MPSP, Liliana Mercadante Mortari,  citou a importância das escutas sociais para construção do Cidades Antirracistas, assim como o comprometimento do Ministério Público com a política de cotas para aumentar a inclusão nos quadros da instituição.

O diretor da Escola Superior do MPSP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, considerou o momento como uma lição de cidadania.